quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Crises Existenciais

Nestes dias tive de ir cumprir o meu dever civico-militar e apresentar-me no quartel para passar o dia - vulgo Dia da Defesa Nacional. Disseram-me que era horrível, que eles (os militares) berravam muito connosco, que a comida não prestava, blábláblá... Segundo a minha experiência, eles não eram horríveis, ELAS é que eram! Assustadoras! Berravam e olhavam para nós como quem "se-tocas-nisso-nunca-mais-tocas-em-mais-nada-na-tua-vida" e isso intimidou-me. Mas eu mantive-me caladinha que nem uma ratinha fofa e ninguém se meteu com a minha pessoa. A comida era razoável. Foi rancho... Não desgosto, mas o que eu gostava mesmo era de ter um pedacinho de carne que fosse para desentalar da massa. Mas nada feito! Depois ainda tivemos de rapar os restos de comida do prato para um caixote do lixo e pôr os talheres, o prato da sopa, o prato da massa e o copo nos seus respectivos tabuleiros... Uma maçada!
Mas o que mais me intrigou nesse dia foi o questionário já ao final. Não, não foi por ele ter 50 perguntas e não, não foi por termos de pintar as bolinhas em vez de desenharmos um X. O que me intrigou foi uma pergunta do género: "O que se encontra a fazer neste momento?"
A: Desempregada
B: A estudar
C: Empregada
D: ...
(eu já não me lembro bem das hipóteses) Então aí perdi imenso tempo. Porque eu tecnicamente não me encontro a estudar, mas também não estou desempregada... O que é que eu sou afinal?! Porque não há uma opção "D: Outro"? Nós ou estamos a estudar ou estamos (des)empregadas?! Oh páh!!
Ao fim escolhi a opção "A estudar" sim, porque eu estou a estudar para o código, não menti a ninguém!

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