Devido a este pequeno blogzito, essa pessoa reviu-se e realmente compreendeu o que escrevia. Conheceu expressões minhas, palavras estranhas e sentidos que só nós sabemos. Foi além da leitura e viu o que estava entre linhas, riu-se imenso (disse-me ela) com alguns textos e reviu-me neles. Ela sabe que eu sou o que escrevo, porque praticamente aprendemos a escrever e a crescer juntas.
Estes 4 anos deixaram uma mágoa grande por ter perdido alguém que sempre esteve aqui, que partilhou tudo comigo e eu com ela, que viveu o que eu vivi, viu o que eu vi, que perdeu o que eu perdi. Sei que sente o mesmo e nenhuma guarda ressentimentos, nenhuma acusa, nenhuma quer conhecer culpados, responsáveis ou condenar seja quem for. Aceitamos os nossos erros e as nossas consequências como duas mulheres que já o somos, apesar de nunca nos vermos assim. Seremos sempre as meninas de 4 e 5 anos, que vão buscar a água ao tanque só para sair de casa e provar que já são crescidas, que em vez de comprar pão como a Vovó tinha pedido, gastam o dinheiro em chiclets só porque saem cromos dos Digimons, que brincam às sapatarias e às cozinheiras, que desenham e pintam, que usam lenços e pedaços de tecido para criarem um vestido e desfilam com ele, que brincam com o quadro e o giz dela e com as minhas barbies, que lêem, que jogam sims, que adoram o Harry Potter, a Pequena Sereia e o Rei Leão. Seremos sempre essas meninas.
Mas ontem houve uma mudança, ontem fiquei mais rica por dentro e valeu-me mais isso que um milhão de euros. Já a tenho comigo de novo e isso dá-me mais paz de espírito e mais segurança. Ela sempre foi a minha irmã mais velha e sempre a vi assim, apesar de tudo.
Mas hoje o dia é ainda mais especial. Hoje ela faz anos - e que recordações que tenho das festas! - e eu quero dar-lhe os parabéns à minha maneira. Sei que ela entende.
Por isso, muitos Parabéns! E tem um excelente dia!
Espero que te rias como dantes (pela 15896587ª vez, eu sei!)
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