quarta-feira, 16 de outubro de 2013

A p**a da segunda feira

Ontem o dia não foi muito bom. Apesar de ter tirado do armário a minha saia de folhos que adoro de maneira a tentar animar a minha segunda feira, nem isso me safou.
O dia começou com umas meias-calças no lixo. No dia em que finalmente me rendi a esse facto - de que já não é verão - acontece-me isto. O problema é que só tinha mais umas na gaveta. As mais horríveis de todas. Já não tinha tempo de escolher outra roupa e por isso marcharam essas.
Estava a chover. Detesto conduzir com chuva.
Cheguei à aula e em conversa com os meus colegas percebi que tinha que entregar um texto hoje de manhã e não na quarta de manhã, como eu pensava. Fiz as contas e teria de me deitar tarde para conseguir.
Saí mais cedo da aula da tarde porque já tinha coisas combinadas (e basicamente porque não estava lá a fazer nada). Já ia quase a chegar ao carro quando me lembro que deixei o guarda-chuva na sala. Voltei para trás.
Quando finalmente cheguei ao carro (uffa!) que estava no parque subterrâneo da universidade, pego no cartão para efetuar o pagamento e a máquina, super querida, diz-me que o cartão é ilegível. Great! Subi as escadas e fui ter ao CPIII. Dirigi-me à funcionária que está responsável pelo edifício e apresentei-lhe a minha situação e pedi-lhe uma solução. "Não faço ideia do que tem que fazer. A empresa que está a explorar o parque de estacionamento não tem nada a ver com a universidade. O melhor será dirigir-se ao gabinete da segurança." E onde é esse gabinete, perguntei. "Não faço ideia, mas acho que fica no CPI". Esse era o edifício onde eu estava a ter aula. "Mas lá tem um telefone com os números da segurança, pode usá-lo". Voltei a descer as escadas, vi o telefone e liguei para os quatro números que lá estavam. Nenhum atendeu. Quando voltei a tentar o telefone ficou sem sinal. Morreu. Tive mesmo que voltar ao CPI. Perguntei no bar onde ficava a sala dos seguranças e o senhor deu-me umas indicações muito confusas, mas foi muito amável. Dei com um segurança a tirar um café na máquina. Expliquei mais uma vez a minha situação. Com simpatia disse-me para voltar e esperar perto da máquina que já ia pedir a um colega para ir ter comigo e resolver o meu problema. Assim o fiz. 15 minutos depois de estar lá à espera chegam dois seguranças. "É a menina que está com problemas no cartão?" disse que sim. "E diz que está ilegível?" voltei a dizer que sim. "E já tentou mais do que uma vez?" umas vinte, pensei eu. Disse que sim. "Então acompanhe-me". E lá fui eu, qual condenada, atrás de dois seguranças, de volta ao CPIII. Fomos ter a uma sala, curiosamente em frente à funcionária que disse que não sabia como era a gestão do parque, onde tinha um papel na porta que dizia "Gestão do parque de estacionamento do CPIII". Estava trancada. Eles abriram, pediram-me o cartão, recodificaram-no, paguei o que me disseram para pagar e depois acrescentei "eu tentei telefonar, mas o telefone não dá sinal", "Mas a menina tentou várias vezes? É que às vezes estão ocupados". Eu desisti aí. Disse que sim, que não dava sinal sequer. Prometeram que iam verificar a situação. Estava a sair do parque, pus o cartão no meu colo para não o perder de vista e quando dou por mim já não o encontro. Parei o carro, saí e lá estava ele, debaixo do meu rabo. Mas como foi possível?? Aquele cartão tinha bruxedo. Com esta brincadeira perdi ali quase 45 minutos.
Claro que já cheguei atrasada.
À noite, na aula de Balance, não sei para onde tinha ido o meu equilíbrio. A sério. Parecia uma totó desiquilibrada sem a tombar para um lado... E quando saí estava a chover. É como se quer.
Ah, claro que as minhas meias horríveis rasgaram e já estão no lixo. A minha teoria é que as minhas pernas estão a recusá-las. Querem ser livres, sentir o calor do verão. Mas vão-se acostumando minhas meninas, acabou a boa vida!
Quando finalmente comecei a escrever o texto, precisava da net. Demorou quase 1 hora para conseguir que a senhora abrisse. E estava lenta, lenta, lenta... Mas acabei. Eram 2 da manhã, mas acabei. E entreguei.

Percebem agora a minha publicação no Facebook? É que ninguém merece uma segunda assim!

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