quinta-feira, 13 de março de 2014

O Regresso

Esta semana decidi-me. Já não dava para adiar mais. Sentia-me mesmo preguiçosa. Então voltei ao ginásio. 

Desta vez fui mais sensata. Paguei apenas por duas aulas por semana (eu é que escolho os dias e não precisam de ser sempre os mesmos) ao invés de todos os dias, como tinha feito antes. Não é que fisicamente não conseguisse, porque isso é uma questão de o corpo se ir habituando e depois já nem custa. Foi mesmo porque eu não tinha tempo para conciliar tudo. As aulas começam muito tarde o que faz com que chegue a casa por volta das 21h ou 21h30, e entre tomar banho, jantar e preparar tudo para o dia seguinte, pouco tempo (e energia) me sobra para trabalhar e estudar a seguir.
Por isso, durante os próximos meses vou apenas duas vezes por semana. Nas férias começo a ir todos os dias. Quem corre por gosto não cansa!

Escolhi ir à segunda e à terça porque à segunda é Balance e é excelente para a flexibilidade e para melhorar a postura. À terça é uma aula variada - jump, step, localizada, GAP, ... - mas que normalmente mete, na segunda parte da aula, pesos e elásticos e flexões infinitas, abdominais de pernas levantadas... Ou seja, é excelente para tonificar! Dói muito, mas faz bem.
Então na segunda lá fui para a tranquila aula de Balance. Ora que as músicas e consequentemente a "coreografia" tinham mudado. Fui uma aula do demo. Fiquei de rastos.
O problema foi mesmo na terça feira que nem me conseguia mexer. Parecia uma velhinha que precisava de ajuda para subir as escadas. Até conduzir foi doloroso. Juro-vos que nunca, mas mesmo nunca me tinha acontecido nada de semelhante. Se já tive dores musculares? Claro que sim! Mas nenhumas se aproximaram destas. E normalmente passavam logo, mas isso desta vez não aconteceu.
Na terça não me sentia capaz de ir naquele estado para aquela aula. Baldei-me.
Mas ontem não fui capaz de faltar.
No caminho para o ginásio - vou a pé - estava a ficar preocupada. Custava-me a andar, quanto mais fazer uma aula de Zumba (que não gosto particularmente, mas antes isso que o sofá!).
Mal cheguei ao ginásio fui dando a notícia que não estava em condições para mexer o rabo. Avisaram-me que era uma professora nova porque a professora Céu não podia ir. Gostei da cara da rapariga. Era simpática e gira. Fiz-lhe o mesmo aviso "Hoje vou conseguir mexer-me tanto como uma senhora de 80 anos". Ela riu-se e disse que não podia pensar assim.

A música começou a tocar. E mais uma vez tinha mudado tudo. Estava a 0 com os passos. Mas mexi-me. E se me mexi, senhores! Mexi-me como uma miúda de 21 anos, alegre e muito satisfeita por estar ali. Não me lembrei que me doía cada músculo do corpo nem que era agonizante sempre que dobrava uma articulação. Fiz tudo. Adorei ter deixado o conforto do sofá. Acho que tive a melhor aula de sempre.

Senti-me bem comigo.
Hoje é que já não foi bem assim... As dores diminuíram, é certo, mas continuam cá para me lembrar que não posso desistir agora. E se dói, é porque estou a fazer bem.

Como disse à minha amiga que também adora exercício: a melhor maneira para acabar com as dores musculares é ir ao ginásio e trabalhar ainda mais ;)



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