quarta-feira, 29 de março de 2017

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Rogue One: Uma História de Star Wars
IMdB 8/10
Confesso que não estava entusiasmada para ver o filme. Sou um bocado avessa a spin-offs porque me soa sempre a um pretexto para se fazer mais dinheiro. (À exceção do Hobbit, ok? Bom.) E neste processo acaba por se perder a qualidade, a storyline, todo o contexto Star Wars em prol de mais uns trocos e de mais um sucesso de bilheteiras. Por isso fui resistindo e adiando, sabendo que ia acabar por ver. Era inevitável.
Num destes dias decidi-me.

Devo confessar-me uma totó por acreditar que alguma vez haviam de estragar todo o imaginário Star Wars! Esta gente é especialista em manter a magia ao longo dos anos e não era agora que iriam deixar  cair isso por terra. O filme é incrível, cheio de efeitos especiais maravilhosos, como há poucos no cinema. As interpretações são muito boas e a pequena Felicity surpreendeu-me bastante. Virou ali uma badass, sim senhor! Bom, mas a história tem sentido, está muito bem encaixada e enquadrada no storyline inicial, há pormenores muito interessantes e tudo gira em torno da esperança e do espírito de equipa e de sacrifício.

Mas tenho mesmo que realçar os 10 minutos - nem isso - em que o Lord Vader entra em cena. CRE-DO! Arrepiei-me toda e é, sem dúvida, uma cena épica.

Vejam o Rogue One! Vejam e não sejam parvos como eu fui! Vale bem a pena. E pelo menos mantém-nos entretidos até ao próximo Episódio, não é verdade?

Miss Sloane
IMdB 7,1/10
Que filme incrível! Que filme tão mal avaliado! Merecia pelo menos um 7,7!

A história apresenta-nos Elizabeth Sloane, uma mulher destemida, brilhante e fria que se dedica ao lobbying. Esta profissão não é acreditada em Portugal e, por isso, não tem tradução para a nossa língua, no entanto a prática existe e chamam-lhes "assessores". Bom, mas para quem não sabe, o lobby consiste na influência de entidades competentes para a abordagem de determinados temas na agenda política. Normalmente tem má reputação pois são acusados de manipulação a favor de interesses pessoais. No entanto, o lobby pode ser uma poderosíssima arma de poder para o povo já que é uma forma de fazer chegar aos decisores novas perspetivas, opiniões, ideias e propostas...

Bom, mas vamos falar do filme. Elizabeth recebeu uma proposta para fazer o que ela faz de melhor: influenciar, criar debate e ganhar. O problema era que o tema que estava em causa estava relacionado com o uso de armas nos EUA, de liberalizar a compra e o porte de armas por todos os cidadãos. Recusou rindo-se na cara do homem que lhe pôs a proposta em cima da mesa com a maior leveza de espírito e mostrando-se um autentico sexista. Tudo começa aí, quando ela se sente predisposta a lutar contra isso mesmo, contra a liberalização das armas e alia-se a políticos que vão nessa mesma direção para, em conjunto, chegarem a esse propósito.

O resto eu não vos posso contar. O resto é tudo imprevisível, tudo surpreendente, tudo incrivelmente real. É isto é o que acontece por trás das cortinas e nós nem sonhamos...

Este é obrigatório! Adorei tudo e adorei principalmente a Jessica que está podendo neste filme. Tem um desempenho maravilhoso, fortíssimo. Vejam e depois contem-me ;)

T2 Trainspotting
IMdB 7,7/10
Não sei como é que o Trainspotting me escapou durante 20 anos. É verdade, escapou-me mesmo! Mas eu digo sempre que mais vale tarde do que nunca e, por saber que o T2 se aproximava lá fui ver o primeiro para tentar compreender tanto sururu à volta deste grupo de agarrados de Edimburgo.

E compreendi muito bem.

O primeiro filme data de 1996 e tem 8,2 de IMdB. Relata-nos a história de um grupo de 5 marmanjos viciados em cocaína e heroína que são nada mais, nada menos que uns autênticos parasitas da sociedade. Não trabalham, não têm estudos e vivem para alimentar o vício. No meio há histórias hilariantes, muito drama, muitas risadas, piadas extremamente inteligentes... Enfim, é um filme em que podemos rir às gargalhadas, vomitar, ficarmos chocados com cenas horríveis e até chorar (pouquinho) em alguns momentos. Há de tudo.

Bom, mas no segundo filme a crew volta à ação e toda a gente está - adivinhem! - mais velha. Mas nem por isso mais sábia. Este comeback é dos melhores que tenho visto no cinema nos dias que correm. Conseguiram manter toda a essência do filme, das personagens, das histórias do passado e adaptaram-se ao presente na perfeição. Continuamos a ter histórias muito hilariantes, muito engraçadas - juro que passei 80% do filme a rir-me e o rapaz que estava ao meu lado estava mesmo às gargalhadas, a viver o momento. Eu imagino... Só estive 2 meses à espera deste T2 mas havia pessoas naquela sala que estiveram à espera 20 anos! 20 anos é muita coisa... Por isso podem imaginar como estava o ambiente.

Este filme é bem atual, bem real e também aborda assuntos importantes da sociedade deste tempo de uma forma muito própria. A banda sonora é tão poderosa, tão incrível que por si só já nos consegue transmitir a adrenalina que os moços estão a sentir (através de estímulos diferentes, claro). No fundo, é uma história nostálgica, de reencontros com o passado, de assertos de contas, de amizade, companheirismo, de lealdade e a falta dela... É incrível. Podia estar aqui o dia todo a falar disto, mas não vai dar. E estou fanzaça outra vez do Ewan McGregor (já o fui, em tempos, por causa do Moulin Rouge - o amor esmoreceu entretanto).

Aconselho-vos a ver o primeiro filme antes deste T2. Sem ele não vão conseguir perceber mais de metade desta história e isso seria uma pena. Vejam com a mente aberta e tentem perceber o contexto social e cultural em que o filme (principalmente o primeiro) foi realizado. Há cenas MESMO chocantes, por isso, se se impressionarem com pouco é melhor deixarem para lá - depois não digam que não avisei, sim? E ouçam a banda sonora no Spotify! É viciante (ahahah).


Sticky&Raw
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