quinta-feira, 4 de abril de 2013

O engate

Quase me esquecia de partilhar convosco um momento muuuuito manhoso que tive hoje à tarde.
Ia eu muito sussugadita no meu carrinho, depois de levar a A. a casa, quando um autocarro se põe à minha frente. 
Ter um autocarro que para de 5 em 5 metros e num sítio onde nós não o podemos ultrapassar já é mau, certo? E se vos disser que já passavam das 7h da tarde e tendo em conta que tinha saído de casa às 8h da manhã e nem 1 hora tive para almoçar - aulas sempre on fire e a seguir um trabalho de grupo - e o que mais queria era chegar rápido a casa? Piora a situação, não piora?
Agora acrescentem a isso ter um rapaz (daqueles com muuuuito estilo - ironia, ironia, ironia) no banco de trás do autocarro a colar completamente em mim e a fazer-me olhares matadores qual Bruno da Casa dos Segredos? Durante todo o santo percurso o rapaz repetia os olhares, atirava beijos e não tirava os olhos de mim. Note-se que era um moço que já tinha mais do que idade para ter juízo! Eu, desconfortável com a situação e inclinada a fazer uma ultrapassagem suicida - acho que seria melhor do que aturar aquilo - só me apetecia rir. Mas rir às gargalhadas. O pior era que ele poderia achar que eu lhe estava a achar graça. Não estava. Simplesmente estava a rir-me do "engate mais manhoso da história dos engates".
Como é que isto acabou? Quando o moço saiu do autocarro sem antes me atirar um beijo provocador (badalhoco, vá) pelo vidro de trás do autocarro, e apesar de não recorrer a isto com frequência, não pude evitar levantar-lhe o dedo do meio quando ele saiu e voltou a olhar para mim.

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