segunda-feira, 1 de julho de 2013

Sobre a Universidade

Agora que estou na reta final do meu primeiro ano do Ensino Superior, posso falar-vos mais concretamente e por experiência pessoal do que é isto de se ser universitário.

Como já vos tinha contado neste blog, fiquei um ano parada a tentar fazer melhorias para conseguir entrar no curso que eu queria e perto de casa (o que coincidia com a melhor universidade pública dentro dessa área). Assim o fiz. Não consegui melhorar o suficiente à disciplina que precisava mas consegui tirar muito melhor nota no exame de português. Foi ele que me permitiu estar onde estou hoje. Não era para o realizar, porque tinha ficado com 15 de média final e não precisava de subir. Mas algo me disse para o fazer e já que ia ficar um ano parada e ia, aproveitei a onda. Subi para 17.
Primeira lição: nunca descartar hipóteses e aproveitar sempre as oportunidades que nos são oferecidas.

No entanto, e mesmo depois de ter feito a primeira e a segunda fase do meu exame de desenho e de ter pedido dois recursos (aos quais ganhei), não foi o suficiente, por 2 centésimas, para entrar no meu curso. Tinha de ter um plano B.

Foi o que me aconteceu. Neste momento estou a acabar o primeiro ano de Ciências da Comunicação na Universidade do Minho. Para quem veio de Artes Visuais, não vou dizer que é fácil - não é de todo! - porque os professores tomam como princípio de que todos tivemos História, Geografia e Matemática Aplicada às Ciências Sociais. Eu tive História da Cultura e das Artes, Desenho A e Geometria A. De pouco me serviram este ano. Tive de fazer um esforço extra para me adaptar e aprender sozinha em casa aquilo que o pessoal de Línguas e Humanidades aprendeu ao longo dos 3 anos do secundário. Não é impossível!
Segunda lição: temos sempre de saber adaptar-nos às situações. Ninguém vai fazê-lo por nós nem vão mudar o esquema para que consigamos acompanhar a matéria.

Confesso que não fui muito feliz para a universidade. As cadeiras não me diziam muito - nada! - mas era melhor este curso do que nenhum. Depois pensei: neste curso posso seguir Jornalismo, Audiovisual e Multimédia, Relações Públicas e Publicidade em todas as suas vertentes. Estou no melhor curso desta área do país, numa das melhores universidades do país. Com boas condições, com pessoas muito porreiras, com professores competentes. Estou perto de casa e dos meus. Que mais poderia eu pedir?
Tive de aceitar e começar a tirar partido daquilo que consegui conquistar.

Mas isto é um blábláblá que não vos interessa nada...


Algumas pessoas me têm feito perguntas sobre a universidade e sobre o curso e por isso achei por bem fazer um apanhado e responder a todas as questões, até àquelas que não perguntaram, mas têm essas questões por responder. Estejam à vontade para fazer novas perguntas, se acharem necessário. Este blog também serve para isto mesmo!

Portanto, em relação à exigência, posso garantir-vos de que em nada tem a ver com o ensino secundário. Têm horários rígidos, têm de estar presentes nas aulas, têm de fazer todos os trabalhos e todos os testes. Basta não fazer um elemento de avaliação chumbam à cadeira e só a podem fazer no ano seguinte. Têm notas mínimas para passar e não ter de ir a recurso (obviamente!) que normalmente estão entre o 8 e o 9, mas altera de acordo com o professor. Podem ir a recurso, mas se não passarem, já sabem que essa cadeira fica para o ano. Os recursos são os exames que se realizam depois das aulas terminarem, de todos os testes estarem feitos, de todos os trabalhos terem sido entregues e das notas estarem dadas.
São exigidos trabalhos com uma estruturação rígida. Sim, têm de fazer bibliografia a sério, como vêem nos livros e sim, os prazos de entrega são rigorosos.
Uma coisa muito importante: o inglês é muito importante. Quem não sabe ler em inglês não consegue ter bom proveito neste curso. Há muitos livros, textos, fichas para ler nessa língua. Também há em francês e espanhol mas são mais raros (pelo menos no primeiro ano). E sim, há MUITOS textos para ler, muitos livros, muitos artigos... Em suma: há muito trabalhinho pela frente.
Há testes e trabalhos todas as semanas e por vezes seguidos. Mas ninguém disse que era fácil, no entanto, também não é impossível.

O importante, resumindo, é: manterem-se informadas, atentas à atualidade, ter a mente aberta, saber um pouco de todos os temas, ter paciência para todas as cadeiras mais chatas, saber inglês. 

Espero ter respondido a pelo menos algumas perguntas. Se tiverem mais alguma, façam o favor de as exporem aqui nos comentários, por email stickyandraw@live.com.pt ou pelo Facebook do blog.

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