segunda-feira, 3 de setembro de 2018

Conan Osiris


As noites brancas deixaram de me despertar interesse, mas tenho que admitir que em Braga, esse evento dá 20 a 0 aos semelhantes das cidades vizinhas. Sem dúvida que há uma ótima organização, diversão e adesão, que também importa referir.


Como por norma nessas festas vêm sempre artistas mais comerciais e que pouco me interessam - ou porque não aprecio a música, ou porque já vi noutras andanças e não apreciei o suficiente para repetir a dose - nem me dei ao trabalho de ver a programação.


Isto até me dizerem


"Bora ver o Conan Osiris à Noite Branca de Braga?"


Claro que fui (ainda que de branco, só tenha levado as minhas All Stars). Tenho ouvido falar da pessoa, mas nunca ninguém me consegue descrevê-lo ou à sua música. "Mas é o quê? Eletrónica? Funk? Funaná? Cigana?", "É tudo, pá, é isso tudo misturado!".


"Impossível dar bom resultado" pensei eu. 
Mas pensei muito mal.


Podia estar aqui a tentar explicar, mas também não ia dar a lado nenhum. O melhor que consigo dizer é que se aproxima do António Variações, mas dos tempos modernos, ainda mais moderno, ainda mais louco, ainda mais disruptivo. Confusos?


 O Conan merece ser visto, ouvido, apreciado, dançado, sentido, compreendido... Merece o nosso tempo, a nossa mente aberta e o nosso deslumbramento total perante algo valioso e raro. Por isso, dizer que ele se parece com este ou com aquele acaba por ser pejorativo. 


O Conan é o Conan. Semelhante a si mesmo.


Não conheço muitos Conans por aí, mas este vale por todos. E se vocês ainda não tiveram o feliz acaso de o encontrar, como eu tive, aconselho-vos a tratar disso com alguma urgência!


Ah, e quanto à Noite Branca, com uma boa pinga e boa companhia, qualquer festa é memorável!


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