De volta à base

 

Podia dizer que voltei, mas a verdade é que não sei se sim. Pensei que durante a quarentena iria conseguir escrever imenso, todos os dias... Não aconteceu. Reparem que não foi por falta de tempo (ninguém pôde dar essa desculpa, certo?) ou de conteúdo (que eu tinha 2 páginas com ideias para posts giros). Simplesmente não me apeteceu passar por cá. Desculpem a honestidade.

Como grande parte do meu tempo era passado a trabalhar em casa, em frente ao computador, ficar mais uma ou duas horas para escrever para o blog aborrecia-me. Por norma, desejava sempre o final do dia para ir treinar para o jardim ou terminar uma série qualquer no sofá.

Depois disso, e no início do verão, regressei ao escritório. Tudo ainda meio histérico e a medo. Eu sem grandes ansiedades, mas também cheia de cautela. Evitei montes de sítios que adoro ir, mas regressei ao ginásio, para bem da minha sanidade mental, e aos restaurantes. Mantenho-me afastada de shoppings (e lojas no geral), zona de bares apinhadas e cinemas, com muita pena minha. Comecei a privilegiar a casa dos amigos, a minha própria casa (nunca dei tantos jantares e convidei tanta gente como agora) e parques de lazer. Até comecei a correr, imaginem! Mas claro que parei logo que eu não fui feita para isso.

Logo a seguir, meteram-se as férias. Muito caseiras, muito a norte e muito em Portugal, tal como já tinha sido decidido logo em março, mal o bicho se espalhou pelo país (e não, não estou a falar do Bruno Nogueira).

Tenho evitado abrir o computador fora do horário de trabalho e tenho conseguido. Claro que já não vejo um filme por dia e 5 séries de uma vez, mas vou aproveitando outras coisas que também gosto de fazer. Vou estando com amigos, vou tendo experiências divertidas (por exemplo, no outro dia fiz uma caminhada de 20km a subir e descer uma montanha), já renovei o exterior da minha casa, já fiz muita bricolage e vou tentando estar atenta às notícias sem entrar em alaridos desnecessários.

Por tudo isto, e principalmente por não me ter apetecido antes, não voltei ao blog. Agora senti saudades de escrever e agora quero voltar. Não sei até quando. Não sei se alguém notou que me fui, quanto mais que regressei. Não sei se vou ter coisas incríveis para dizer, mas voltei. Espero que ainda estejam aí.

Estou a escrever este texto tarde, devia de estar a trabalhar noutras coisas urgentes e prioritárias, queria estar a ver a série que comecei a dar uma segunda oportunidade (quem sabe se não falo disso em breve) e estou ao som de Hans Zimmer no Spotify, depois de ter papado todos os episódios do podcast do incrível Hugo Van Der Ding. 

Portanto, está tudo certo.

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