sexta-feira, 25 de maio de 2012

Juliana Amaral

Não sou rapariga para acreditar piamente no destino, no horóscopo, no karma ou whatever, mas que isto me intrigou, intrigou. 
Duas alunas da Universidade do Minho foram atropeladas na passada Sexta-feira por volta das 7 horas da manhã em frente à paragem dos autocarros que faz o transporte dos alunos de Braga para Guimarães após terem passado a noite no Enterro da Gata. Um jovem com vinte e poucos anos, em excesso de velocidade, colheu as duas raparigas fugindo de seguida, entregando-se à polícia nesse mesmo dia à tarde. Uma aluna foi transferida para o Hospital de S. João no Porto em estado muito grave. Levantaram-se boatos em que a outra rapariga, internada no Hospital de Braga, lhe teria sido amputado o braço, no entanto o irmão já veio desmentir essa informação.
Juliana Amaral frequentava o 2º ano de História e Ciências Políticas em Braga e veio a falecer ontem, no hospital do Porto.
A outra aluna encontra-se estável e livre de perigo. Também no 2º ano, estuda Sociologia, o curso que frequentei (por 1 dia) nessa mesma Universidade, foi atropelada no sítio onde eu esperei pelo autocarro da instituição. E se tivesse continuado nesse curso? E se eu até ficava amiga dela, estivesse com ela naquele sítio, àquela hora? Há coisas que me deixam a pensar e levam-me a acreditar que nada acontece por acaso.
Apesar de não conhecer nenhuma das raparigas, fico triste, muito triste mesmo por saber que existem animais de volante na mão a conduzir completamente alcoolizados (ou até mesmo drogados) sem sequer terem consciência do perigo que representam para eles e para os outros. As alunas e as famílias ficaram marcadas para sempre.
É frequente numa via rápida da minha cidade, por volta da meia-noite, haver corridas e uma vez eu ia nessa estrada precisamente no momento em que eles estavam a competir e íamos ter um acidente. Felizmente o meu pai conseguiu desviar-se mesmo a tempo e não houve danos, mas desejei, desculpem a sinceridade, que eles tivessem um acidente na rotunda que existe mais à frente. Ao menos a morrer, que se matem sozinhos e que não levem mais ninguém. O mesmo acontece com os condutores bêbedos ou drogados.
Não há palavras de consolo para a família, amigos e colegas de turma neste momento, não há nada que consiga acalmar a raiva e o desespero. Apenas desejo que o culpado seja devidamente responsabilizado e que todos consigam ultrapassar este momento da melhor maneira possível.


P.S. As informações que escrevi basearam-se nas notícias que fui acompanhando no Correio do Minho, Jornal de Notícias e Rádio Universidade do Minho.

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