Duas alunas da Universidade do Minho foram atropeladas na passada Sexta-feira por volta das 7 horas da manhã em frente à paragem dos autocarros que faz o transporte dos alunos de Braga para Guimarães após terem passado a noite no Enterro da Gata. Um jovem com vinte e poucos anos, em excesso de velocidade, colheu as duas raparigas fugindo de seguida, entregando-se à polícia nesse mesmo dia à tarde. Uma aluna foi transferida para o Hospital de S. João no Porto em estado muito grave. Levantaram-se boatos em que a outra rapariga, internada no Hospital de Braga, lhe teria sido amputado o braço, no entanto o irmão já veio desmentir essa informação.
Juliana Amaral frequentava o 2º ano de História e Ciências Políticas em Braga e veio a falecer ontem, no hospital do Porto.
A outra aluna encontra-se estável e livre de perigo. Também no 2º ano, estuda Sociologia, o curso que frequentei (por 1 dia) nessa mesma Universidade, foi atropelada no sítio onde eu esperei pelo autocarro da instituição. E se tivesse continuado nesse curso? E se eu até ficava amiga dela, estivesse com ela naquele sítio, àquela hora? Há coisas que me deixam a pensar e levam-me a acreditar que nada acontece por acaso.
Apesar de não conhecer nenhuma das raparigas, fico triste, muito triste mesmo por saber que existem animais de volante na mão a conduzir completamente alcoolizados (ou até mesmo drogados) sem sequer terem consciência do perigo que representam para eles e para os outros. As alunas e as famílias ficaram marcadas para sempre.
É frequente numa via rápida da minha cidade, por volta da meia-noite, haver corridas e uma vez eu ia nessa estrada precisamente no momento em que eles estavam a competir e íamos ter um acidente. Felizmente o meu pai conseguiu desviar-se mesmo a tempo e não houve danos, mas desejei, desculpem a sinceridade, que eles tivessem um acidente na rotunda que existe mais à frente. Ao menos a morrer, que se matem sozinhos e que não levem mais ninguém. O mesmo acontece com os condutores bêbedos ou drogados.
Não há palavras de consolo para a família, amigos e colegas de turma neste momento, não há nada que consiga acalmar a raiva e o desespero. Apenas desejo que o culpado seja devidamente responsabilizado e que todos consigam ultrapassar este momento da melhor maneira possível.
P.S. As informações que escrevi basearam-se nas notícias que fui acompanhando no Correio do Minho, Jornal de Notícias e Rádio Universidade do Minho.
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