quarta-feira, 13 de junho de 2012

Carta a Fernando Pessoa

Caro senhor Pessoa,
Sou leitora cuidadosa e atenta da sua obra que me foi imposta como conteúdo de prova de exame nacional no ano passado e como gostei tanto de a estudar, decidi repetir este ano, não por necessidade mas por prazer. Com isto quero expressar o meu agrado em relação à sua poesia e em particular a "Mensagem". Acho o senhor um tanto ou quanto melancólico e atreveria-me mesmo a dizer deprimido, tamanha é a sua dor de alma que se deve transformar em dor física. Senhor, pensar não dói, eu juro! Há é que saber filtrar o pensamento e relaxar! Senhor Pessoa, pergunto-me quando foi a última vez que tirou umas férias a sério - daquelas com praia, sol, um livrinho light, uma ou outra revista de coscuvilhice e um sudoku. - daquelas de chinelo no pé e está no ir? Não se lembra pois não? Quando foi a última vez que foi a uma discoteca com os seus amigos catrapiscar o olho a umas raparigas jeitosas? Não se lembra pois não? E um joguinho de futebol ou de PES com os seus companheiros... Uuuuiiii onde é que isso já vai, não é? Então, senhor Pessoa, como queria não estar deprimido? Vá por mim! Vai de férias - cá dentro, claro - mas continua a exercitar o pensamento como sudoku!
É que parecendo que não mas é chato o senhor andar assim tão cabisbaixo, com a moral tão lá no fundo, desanimado com a vida... É que depois vira-se para a escrita e tem uma obra que nunca mais acaba. E depois quem se lixa? Eu, pois claro está!
Agora a falar a sério senhor Pessoa, vá a umas consultas de psiquiatria, contacte com pessoas e vá de férias e depois a gente fala pode ser? Eu estou a ser amiguinha, por isso não se esqueça de mim no dia 18 pode ser? 
Vá, tudo de bom, sim? Saúdinha!


P.S. E não queira ser criança de novo! A criançada de hoje em dia é meia estranha e sabe mexer em computadores por isso não iria resolver o seu problema!

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