segunda-feira, 15 de julho de 2013

Sexta-feira

A minha sexta-feira tinha tudo para ter sido perfeita. Lanchei com o meu namorado no centro histórico, na esplanada, coisa que não fazíamos há tempo demais, e ainda tivemos o prazer de ver um casamento acontecer ali mesmo, à nossa frente, na igreja da praça. É sempre agradável. Eu sempre adorei casamentos e ainda não perdi o gosto.
Por volta das 17h30 despedi-me do Zé e fui ter com a minha mãe e com o meu pai. Passeamos e fui com eles lanchar (claro que eu não lanchei outra vez, fui só fazer-lhes companhia). Jantamos na minha segunda pizzaria preferida. Comi a minha pasta favorita. Já passava das 9 da noite quando entramos no restaurante, bem como eu gosto!
No final, por volta das 11h fui com o marido ao cinema. Vimos "Mestres da Ilusão" e A-M-E-I! 
Vínhamos todos contentes a falar sobre o filme, de como tinha sido agradável o nosso dia, de como deveríamos repetir, blablabla, quando numa rotunda um rapaz não trava e bate no meu carro. Às 3.30 da manhã. Diz que não me viu, que pensava que não vinha ninguém na rotunda e seguiu sempre. Pois, mas vinha eu. Fiquei em choque. Ele assumiu a culpa e estacionamos para assinar a declaração amigável. O Zé é que se manteve frio e comandou as tropas porque nem eu nem o rapaz estávamos muito conscientes do que era suposto fazer. Descobrimos que não havia canetas. Sim, estávamos sozinhos no meio da rua, às 3.30 da manhã, depois de um acidente, com a declaração à espera para ser preenchida e nicles, não havia caneta. Por sorte, uns amigos dele passaram, viram-no e pararam mas também não tinham caneta. Prontificaram-se a ir a casa de um amigo ali perto buscar (os amigos, o dono do outro carro ficou à nossa beira) e trouxeram num instante. Depois de tudo preenchido e milhares de números e papeladas depois, demos a sessão por terminada.
Fomos para casa. O meu pai já sabia porque eu já lhe tinha ligado e ele estava à minha espera só para se certificar que estava tudo bem. E estava!
Entretanto eram 4.30h da manhã e eu ainda estava a explicar como tudo tinha acontecido.

No outro dia, o meu pai ia entregar a declaração à nossa mediadora, que por acaso é nossa prima, e ela diz-lhe que está mal preenchida. O croqui estava bem mas as cruzes estavam ao contrário e que, por isso, eu é que tinha a culpa. Entrei em pânico! Ligamos para o número de telefone do rapaz mas nem ele nem o pai estavam em casa. Tentamos mais tarde e o meu pai falou com o pai dele, explicou-lhe a situação e combinaram um sítio para preencher uma nova declaração.
Felizmente ainda há pessoas honestas e merecedoras da nossa confiança! O senhor apareceu, por acaso também era mediador de seguros e portanto já sabia o procedimento de cor, preencheu tudo, eu e o filho assinamos e tudo ficou resolvido.
Amanhã passo pela seguradora para entregar o papel e espero não ter mais problemas com isto.

Depois de uma noite tão agradável, daquelas como já não tinha há muito, de puro namoro, alguma coisa tinha de correr mal. Mas dentro do correr mal, até correu bem. Os carros não ficaram muito estragados e nós mal sentimos o embate.
Tudo passa :)

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