quarta-feira, 28 de agosto de 2013

Um pouco de cultura 3 - Frida Kahlo

Há tanto tempo que não escrevo esta rubrica... Estava mesmo com saudades. Já tinha pensado sobre quem havia de escrever. Não foi difícil.
Hoje vou falar da grande Frida Kahlo.
Nasceu no México no início dos anos 90 e faleceu aos 47 anos vítima das inúmeras doenças e acidentes que teimavam escolhê-la. Aos 18 anos tem um acidente de autocarro e é perfurada. Ficou entre a vida e a morte e meses e meses de cama devido a várias cirurgias de reconstrução um pouco por todo o corpo. Foi durante esse tempo que descobriu o seu talento para a pintura. Mas foi quando conheceu e mais tarde se casou com Diego Riviera, também pintor (de murais) que procurou aperfeiçoar a sua arte. Devido a vários abortos e traições do marido (inclusive com a sua irmã), Frida refugiou-se nas telas e pintava a sua realidade de uma forma, digamos, diferente.
Há quem diga que os seus quadros são demasiado violentos, mas ao conhecer a sua história, não podiam ser de outra maneira.
Gosto da arte dela, mas principalmente da sua história que foi inspiração para o filme de 2002 "Frida" que é absolutamente obrigatório! É biográfico e conta toda a sua história. Vejam o trailer em baixo: 

(Capa do filme)


Já vi este filme vezes sem conta e nunca me canso. É maravilhosa a maneira como são contados os problemas, como a sua vida tinha tudo para ser trágica e ela dá a volta e torna-se uma influência e um ícone.

Talvez por achar tudo isto tão inspirador, não compreendo como quase ninguém conhece a sua obra nem sequer o seu nome.

Frida com o seu marido Diego.



Não era uma mulher bonita, mas era exótica e absolutamente extraordinária!






Estas são algumas obras da artista. Na sua maioria auto-biográficas. Claro que são muito subjetivas, há quem adore, há quem odeie, mas na minha opinião, que vale o que vale, depois de conhecermos o seu real significado, nunca mais nos serão indiferentes. Tinha uma professora de desenho que se pelava sempre que eu dizia que gostava desta artista. Dizia-me que ela era uma péssima desenhadora e as suas obras não tinham qualquer valor. Que não era uma artista importante. Está bom de se ver que liguei tanto a isso como quando me disse que a Joana Vasconcelos não era uma artista porque não era ela que aparafusava as panelas. Anyway, para perceberem melhor a sua obra, podem ler vários livros ou ver o filme (o modo mais eficaz e fácil).

Eu tenho um livro pequeno sobre o Realismo. É uma coisa muito simples, muito básica, que dedica duas páginas a um artista deste género. Tanto a Frida como o seu marido Diego estão presentes:




Mas a minha história com a Frida Kahlo não termina aqui. Ela vai estar para sempre ligada a mim porque eu fui batizada com o nome dela.
Calma, não se assustem, não me chamo Frida, muito menos Kahlo (não no B.I.).
Como todos sabem, eu fui caloira no passado ano letivo e participei nas praxes. A t-shirt que usei na primeiríssima praxe foi esta:

Comprei-a na Zara há uns 2 ou 3 anos. Desde que a vi não a larguei. Pelo simbolismo. Sinto-me bem com ela vestida e é muito confortável. O tecido é macio e é fresca. Por tudo isso e muito mais, levei-a, há quase um ano, quando conheci pela primeira vez os meus doutores (praxantes), os meus colegas, a universidade e a própria da praxe.
Passei toda a manhã no anonimato até que a meio da tarde, uma doutora vem ter comigo, linda e calma, muito digna dentro do traje, e ao contrário de todos os outros, não berrou comigo. Perguntou-me se gostava da Frida Kahlo ou se era apenas uma t-shirt que tinha lá por casa. Respondi-lhe que não, que gostava mesmo dela e que comprei a t-shirt por isso mesmo. Falamos um pouco sobre ela. Nem queria acreditar - alguém que conhecia a Frida!!! Inédito! Fiquei ali mesmo a gostar da Marta. Mais tarde, confessei-lhe que tinha andado em artes e ela disse-me que fazia ballet. Pediu-me para lhe fazer um desenho e assim o fiz.
9 meses depois era a altura dos caloiros escolherem os padrinhos. Não hesitei muito. A Ana e a Marta seriam as minhas madrinhas. Supostamente só a madrinha oficial é que pode batizar o afilhado, mas eu quis que a Marta me batizasse e mais, que me desse um nome. Está bom de ver qual foi o que ela escolheu. Assim sou a caloira "Like a virgin" da parte da madrinha Ana (por causa de eu ser mega fã da Madonna) e "Frida Kahlo" por parte da madrinha Marta. Isto foi uma coisa maravilhosa porque amei os meus nomes, tinham significado e não eram, de todo, insultuosos, e para além disso fui uma privilegiada. Tanto quanto sei, sou a única caloira que tem dois nomes de praxe.

Agora percebem a minha ligação com esta artista.
Façam-me o favor de irem espreitar o filme (ainda por cima é um grande filme, vencedor de dois Óscars, um Globo de Ouro e um BAFTA!) e de me dizerem o que acharam deste post. Conheciam a Frida Kahlo? Digam de vossa justiça ;)

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