quarta-feira, 1 de julho de 2015

[Ontem foi noite de cinema 28]

Posso não andar a escrever com frequência mas tenho visto muitos filmes. Uns muito bons, outros nem por isso, mas já despachei uma meia dúzia deles que estavam há muito pendentes na minha lista.

Grace do Mónaco
É um filme bonito, com bons cenários, uma grande produção a nível estético, excelente guarda-roupa. Mas não é nada extraordinário. Aliás, por vezes a narrativa torna-se confusa e os factos não são muito explícitos. É notório o esforço de "vender o peixe" e mostrar uma Grace quase pura, uma santa e todos os Grimaldi uns vilões da pior espécie.
Tal como aconteceu com "Diana", este filme desiludiu-me um bocado. Não vai muito além daquilo que já conhecemos e nada mais acrescenta à história a não ser o prazer estético.
A Nicole esteve bem. Este papel é perfeito para ela, sem dúvida.
Ainda assim, não deixem de ver. É sempre um bocado de cultura geral e nunca sabem quando se vão cruzar com um príncipe à séria.


Promessa de uma Vida
Fui ver este filme ao cinema por engano. Naquela semana de maio em que os bilhetes estavam a 2,5€ aproveitei para ver a Vida de Adaline. Mas aconteceu-me uma coisa que nunca me tinha acontecido: o projetor avariou e apenas conseguíamos ouvir. Foi engraçado. Tivemos então de mudar de sala e escolher um novo filme. Este foi o escolhido.
Não é um filme para lá de extraordinário, é um facto, mas também não é péssimo. Acho que a meio começam a introduzir muitas informações e cenas assim para o ridículas e o filme perde um bocado a credibilidade.
Estava à espera de um filme mais realista, mais verídico e menos fantasioso e cheio de "magia".
Nesse aspeto desiludiu-me.
O Russell Crowe esteve bem, como sempre mas não cativou, não me prendeu nem esteve ao mesmo nível de em "Gladiador" - estou sempre à espera de ver produções com esse nível outra vez.
Mas é um filme engraçado para ver quando não se tem mais nada para fazer.


A Vida de Adaline
Estava curiosa para ver a Serena de novo em ação. A história não me cativou mas tive curiosidade de saber como é que a iam desenvolver.
Apesar de algumas falhas, o filme não é mau. É quase um "Estranho Caso de Benjamim Burton" mas pior. Bastante pior. Mas ainda assim não é péssimo (Eu é que adoro o Burton, pronto!).
A Blake esteve bem, deu personalidade, deu brilho ao filme mas a história não me prendeu. Tinha um tema interessante mas depois mete, mais uma vez, umas magias, umas macumbas marotas e o filme acaba por se tornar um bocadinho ridículo a puxar ao romance de Cinderella. Não era mesmo disso que eu estava à espera, confesso.
Não vi o filme assim há tanto tempo quanto isso (um mês, se tanto), mas para ser sincera já nem me lembro da maioria das cenas nem de grande parte da história em si. E isso só quer dizer duas coisas: que não me cativou o suficiente para me conseguir recordar dele e que estou a precisar de férias para descansar a cabeça!


Entrelaçados
Adorei o filme. Muito engraçado, com piadas inteligentes - apesar de achar que cada vez mais os filmes da Disney são para os pais das crianças perceberem e não propriamente para os filhotes. O ponto alto foram os balões, coisa mais linda! A Disney nunca desilude mesmo! E era exatamente aquele momento que esperava no S. João. Não tive tanta sorte como a princesa no filme, mas pronto, a amostra já não foi má.
A personalidade do cavalo é espetacular - é só a mim que me faz lembrar o Aquiles, o cavalo do Capitão Febus do Corcunda de Notre Dame? E do Pegasus do Hércules? Todos os cavalos da Disney têm a mesma personalidade. E eu adoro-os!
Não é uma história extraordinária para quem já conhece a original, a Rapunzel, mas foi muito bem adaptada e conseguiram trazer momentos verdadeiramente cómicos. Acho que a Disney agora está a apostar em desmistificar essas histórias dos príncipes e das princesas. Qualquer um pode ter qualidades especiais, e pode-se tornar uma boa pessoa por muitos erros que tenha cometido. Gosto mais desta Disney. Mais real. Aconselho!


O Monte dos Vendavais
Não é novidade para ninguém que O Monte do Vendavais é o meu livro preferido. Já o disse várias vezes. Queria há muito tempo ver o filme, mas achava sempre que ia ficar desiludida. Não fiquei.
É uma boa produção, uma boa adaptação, apesar de não ser excelente - é sempre assim, não é?
Faltam alguns pormenores. Na minha perspetiva a personagem interpretada por Juliette Binoche é ainda mais louca, mais egocêntrica e a personagem de Ralph Fiennes não é assim tão maquiavélica. Mas temos sempre outras perspetivas quando lemos o livro, que nem sempre correspondem ao filme.
Não o aconselharia a qualquer pessoa porque sei que não é qualquer um que iria gostar da história, do estilo e acho que nem dariam a oportunidade que ele merece. O mesmo acontece com o livro. É um clássico, não é uma leitura leve. Mas acho que vale tanto a pena, acho mesmo!
Não fiquei rendida, não me substitui o livro, não acho que o reveja tão cedo. Ainda assim, para quem já leu ou para quem tem curiosidade de conhecer o clássico da literatura inglesa (o único livro que Emily Bronte escreveu!) então afinfem no filme que acho que não vão ficar desiludidos. Eu não fiquei!


Lolita
Vi este filme porque uma amiga fala dele várias vezes e, porque sei que é dos favoritos dela, quando lhe fiz uma surpresa nos anos, usei uma frase deste filme. Aguçou-me a curiosidade.
Acho que deveria de ser um filme obrigatório. É tão pecaminoso, tão horrível, tão violento (psicologicamente falando) que se torna cativante ver até onde é que vai chegar, como é que aquele enredo todo vai terminar.
O filme é mesmo maravilhoso e espanta-me pouquíssimas pessoas terem ouvido falar dele. Não li o livro, mas fiquei muito curiosa para o fazer. Não sei se é ou não uma boa adaptação mas que é um bom filme, lá disso não há dúvidas.
Os atores não são conhecidos (à exceção da Melanie Griffith) e ainda assim são excelentes atores que trouxeram um drama, uma intensidade, uma tensão ao filme inexplicável por palavras. Umas vezes odiamos e no minuto seguinte já estamos cheias de pena. Neste filme não há bons nem maus, não há lados. Há confrontos morais muito, muito fortes que nos fazem questionar todas as certezas, todas as verdades absolutas e faz-nos pôr tudo em perspetiva. Como eu gosto destes filmes, que nos mostram mais do que aquilo que já vimos.


Frozen
Fiquei apaixonadíssima, qual miúda de 4 anos a dizer "A ELSA SOU EU!". Juro que estou a falar a sério.
O filme é maravilhoso - e todos os papás deveriam de o ver com os filhos para aprender uma coisinha ou duas. Está feito de uma forma especial, como poucos filmes estão. A banda sonora é lindíssima, as personagens estão bem construídas, com piada, com personalidade... O Olaf, o boneco de neve é um amor que só me apetece ter um igual cá em casa. Um amigo a sério "Porque há pessoas pelas quais vale a pena derreter" (ooohhh!).
Mas a Disney foi sacaninha. Enganou-me bem (20 e tal anos e ainda me engana). Não vou fazer spoiler mas isto dá uma volta que eu não estava à espera e fiquei com o coração partido - fogo, não se pode confiar mesmo em ninguém, que caraças!
Mais uma vez reforça a ideia que até um lenhador pode ser um bom partido para uma princesa. Que somos todos especiais, independentemente do título. Cá para mim a Disney recebeu muitas reclamações de solteironas que esperavam um príncipe e só lhes saía o Corcunda de Notre Dame ou pior, e isso foi uma chatice. Assim decidiram mudar o ponto de vista. Assim como assim, não havia príncipes para todas e agora o mercado alargou-se e há menos reclamações. Eu quero ver é quem é que quer ficar com o lenhador, mas pronto.
Brincadeiras à parte, o filme é especial, mostra o valor da amizade, do amor e da família de uma forma bonita, sem ser pirosa. Compreendo perfeitamente o efeito Frozen e até fico muito contente que a criançada se entusiasme com este filme. Transmite princípios que todos deveriam ter. E se os paizinhos não o fazem (em alguns casos), então que seja a Disney, a Ana e a Elsa a fazê-lo.


Vicky Cristina Barcelona
É uma vergonha não ter visto este filme há mais tempo, eu sei! Shame, Shame, Shame (piada para quem vê Game of Thrones). Mas como mais vale tarde do que nunca, decidi uma destas noites vê-lo. Tinha aqui quatro excelentes motivos para querer fazê-lo: 1) Woody Allen; 2) Barcelona; 3) Penélope Cruz; 4) Javier Bardem.
Se bem que só o Javier Bardem já é motivo suficiente para ter MUITA curiosidade para ver o filme.
Não ia com as expectativas muito altas - já vi bons filmes do Woddy Allen como já vi péssimos - mas fiquei arrebatada. Amei o filme, amei cada uma das personagens, amei os cenários (claaaaro, é Barcelona!), amei os diálogos, o encadeamento das cenas, a dinâmica, a luz (um dos principais motivos que me faz querer muito ir a Barcelona), o imprevisível, a mundanidade das personagens - pessoas reais, com problemas e situações reais. Enredo que cativa. E quando tudo parece estar a descambar para o surreal entra um pormenor qualquer que faz acreditar que aquilo pode mesmo acontecer a qualquer pessoa.
Vou rever este filme! Vou mesmo!
E ele é tão bom por causa da grande Penélope Cruz. Que atriz do caraças, que mulherão que ali está. Aquela presença, aquele magnetismo diz tudo, é tudo.
Vejam. É um excelente filme para verem no verão. E depois não digam que ficaram com muita vontade de ir a Barcelona e não têm financiamento para isso... Eu avisei ;)


Cinderella
Já sabem que sou uma menina da Disney. Cresci com as princesas e com os príncipes. Sei os nomes como se fossem meus amigos, sei as histórias, as músicas de cor e ainda sei a maioria das falas. Eu revia os filmes várias vezes... por dia!
Claro que quando me dizem que iam produzir um filme da Cinderella eu fiquei entusiasmada. Não perdi tempo para o ver, claro. E, mais uma vez, havia mais três bons motivos para o querer fazer: 1) Helena Bonham Carter; 2) Cate Blanchett; 3) Robb Stark (!!!).
Antes de mais quero deixar no ar duas questões muito pertinentes em relação a este filme: a primeira é, porque é que a Cinderella é uma cópia sem sal da nossa Khaleesi? Ao menos pintavam-lhe as sobrancelhas para ser diferente, não sei, digo eu! Aquilo incomodou-me um bocadinho durante o filme. Segundo, POSSO SABER PORQUE RAIO CORTARAM A BARBA AO ROBB?! Posso?!
Mas vamos lá ao que interessa. O filme é uma grandiosa produção. Tudo é bonito, tudo é fantasia, tudo é Disney. A Helena e a Cate não podiam ser mais perfeitas (a Helena aparece cinco minutos e faz toda a diferença no filme!). A pequena Ella não é nada de especial, mas é a personagem dela, não é verdade? O King Robb (referência ao Game of Thrones, pessoas que não vêem GOT e não sabem o mal que isso vos faz) esteve muito bem, muito royal como sempre. Foi bom vê-lo vivo. Gostei.
O filme é mágico pela capacidade que tem de nos voltar a levar para o clássico que todas adoramos, com que todas sonhamos. Até os ratinhos entram! Inclusivé o Gus, o rato gordo, tão fofo! 
Claro que acho que todos os fãs da Disney deveriam de ver este filme.

E só porque o blog é meu, vou pôr a foto do Robbzinho no GoT porque eu quero, porque eu posso, porque de barba é um giraço de primeira e porque todas andavam com as hormonas aos pinchos por causa do bastardo João das Neves mas eu sou mais pelos príncipes verdadeiros, do norte, com caráter. Por isso, deixem-me aproveitar (aproveitem também, vá, que eu deixo):


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