quarta-feira, 28 de março de 2018

ben is an alien


Fui ver o Benjamin Clementine no Auditório Municipal de Viana do Castelo e acho que ainda não tenho palavras para vos descrever o espetáculo que ele deu. Para começo de conversa, ainda estou a martirizar-me por ter perdido a oportunidade de o ver no Paredes em Agosto. Tinha companhia, boleia, bilhete... Mas não fui porque tinha outros compromissos. Parva.

Já ouço Benjamin há uns tempos (antes do Paredes, claro), mas depois da minha amiga ter ido e me ter descrito o concerto acho que ainda fiquei mais fã. Quando soube que ele vinha cá fiquei entusiasmada, mas depois voltei a pensar que tinha responsabilidades e que o mais certo era não poder ir. Entretanto os bilhetes esgotaram. Fiquei mesmo triste, de verdade. Mas a vida seguiu.

A semana passada, essa mesma amiga disse-me "Tenho um bilhete para o Clementine, queres vir?". COMO ASSIM SE QUERO??? Quero sim!!! E pronto, quando dei por mim já estava em Viana, ansiosa para o ver.

Podia tentar descrever-vos o concerto, mas é impossível. E lamento informar-vos, mas o Spotify ou o YouTube ou as rádios onde as músicas dele passam não fazem jus ao talento enorme que aquela pessoa tem... Nem ao seu humor e loucura. Sempre que tiver oportunidade, vou ver o Benjamin. Foi o concerto mais bonito que já vi, não o mais espetacular (eu já vi a Madonna duas vezes pessoal, fim de conversa) mas aquele em que me senti arrepiada de início ao fim. Aquela voz... Meu deus, aquela voz! É incrível o que ele faz com ela, com o piano e com o público. Foi soberbo. E a interação dele com o público foi de rir. Extraordinário. Que incrível que é o Benjamin e que ele consiga permanecer fiel a si próprio, ao seu estilo tão pessoal, tão íntimo.

Pensei que fosse chorar, porque quando vejo algo tão bonito fico emocionada (sim, eu emociono-me com quadros ou esculturas ou edifícios... yep! Who knew?!) mas no caso do Benjamin eu sentia-me tão feliz, tão arrebatada, tão boquiaberta com todo o ambiente que só conseguia estar calada. Menos quando tocou, por exemplo, a Nemesis, a música de Guimarães, ou quando ele pedia que cantássemos com ele "I'm an alien just passing by (in Portugal)" ou "Porto Belo" ou "I'm sending my condolences to fear / I'm sending my condolences to insecurities". Ou quando ele continuava a insistir que pronunciávamos mal "IN-SE-CU-RI-TIES!".  Foi uma risota! Mas depois, noutros momentos, ficava a observar e a aquecer o meu coraçãozinho. Que bonito que é o Benjamin... 

E que eu possa sempre ir vê-lo e acompanhar o seu trabalho.

Estou (ainda mais) rendida.


Sticky&Raw
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