Ora então e os Oscars?
Eu vi até ao fim, como sempre, mas este ano foi tudo muito fraquinho, fraquinho... Ou talvez era o meu estado de espírito, que é o mais certo. Vi praticamente todos os filmes nomeados para as principais categorias. Falta-me Wife, No Portal da Eternidade, Cold War, Mary Poppins Returns, First Man e outros menos "falados".
O meu filme favorito de todos é Green Book, como já vos tinha dito - dezenas de vezes, creio -, mas também adorei o Roma e acreditava piamente que seria o vencedor do Melhor Filme. Foi uma surpresa enorme - e gostosa - ver o "meu" filme a vencer, ao contrário do que aconteceu o ano passado, quando o Call Me By You Name ficou a ver navios.
Vamos por partes:
Acertei um pouco mais de metade dos nomeados, como podem ver pela minha previsão aqui. Os vencedores que eu mais discordei foram o de Melhor Montagem e de Melhor Ator. Não me interpretem mal, acho que o Rami fez um trabalho absolutamente brilhante e o Bohemian Raphsody é um filme que me vai acompanhar sempre - gosto muito de Queen e percebi que gostava mais do que pensava depois de ver o filme. Mas o Christian Bale foi fenomenal quer na técnica, quer no físico. Transformou-se noutro ser. Não existe uma pinga de Bale naquele Dick e isso comprova o quão extraordinário é. Estava a torcer muito por ele. Depois há a questão da Montagem. Não nos vamos pôr com coisas, quem merecia MESMO vencer era Vice.
Fiquei feliz com a vitória de Mahershala Ali como Melhor Ator Secundário (de novo!), porque era o meu favorito de todos, e acabei por ficar também feliz pela Regina King, apesar de ter gostado muito do trabalho da Rachel Weisz em A Favorita. Mas depois de ter visto If Beale Street Could Talk, nem dava para ficar chateada!
O vencedor da noite foi mesmo Bohemian Raphsody e, surpreendentemente, de Black Panther. A Favorita levou um pontapé duro. Roma também esteve em destaque e mereceu cada um dos 3 Oscars que recebeu. A Lady Gaga foi a pessoa mais efusiva a receber a estatueta - que foi mais do que merecida - e acho que toda a gente ficou feliz por ela. A atuação dela com o Bradley Cooper era a mais esperada da noite e cumpriu bem.
Este ano não houve apresentadores e sentiu-se a falta, claro, mas a cerimónia correu que foi um instantinho. Sinceramente, não adorei a atuação dos Queen no início e acho que isso se deve ao Adam Lambert, que não é muito o meu estilo. Os momentos musicais, à exceção de Shallow, foram fraquitos, mas os atores estiveram muito bem a apresentar os prémios. Os discursos foram bonitos e de reforço positivo e houve vários recordes batidos nessa noite.
Por fim, espero que tenham visto, pelo menos, Green Book e Roma. Se não viram, tratem disso.
Eu vou aguardar ansiosamente o documentário vencedor, Free Solo, que será transmitido em março na National Geographic.
Para já, volto a dedicar-me à leitura ;)
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