Mudei o nome desta rubrica. Não fazia sentido chamar-lhe "Ontem foi noite de Cinema" porque a maioria das vezes nem vejo os filmes na noite anterior e muitas vezes nem os vejo no cinema. Por isso agora vão começar a ver o nome "Play" e já sabem que vem por aí a minha opinião de cinéfila amadora a caminho.
(Texto atualizado depois de conhecer os Nomeados para os Oscars 2017.)
Chegam os Oscars e eu entro em estágio. Já com uma lista considerável de filmes vistos desde o início do ano, vou começar a partilhar convosco a minha opinião sobre eles. Cá vão os 3 primeiros:
A Rapariga no Comboio (6,6 IMDb)
A história não podia ser mais previsível. Quero dizer, começa tudo com um mistério: não sabemos o que é que a Emily Blunt está a fazer naquele comboio, porque é que está com aquele ar de fim de noite do Enterro da Gata ou qual é a sua relação com aquela casa e com as pessoas que vivem nela. Mas se nos deitarmos a adivinhar não vamos falhar por muito.
Há um mistério, há intriga e há muitas ilusões. Mas a verdade é que é fácil descobrir o/a culpado/a e sobre quem gira todo o enredo. Não é um filme incrível. Nem muito bom. É só assim-assim.
Vale pela interpretação muito boa da Emily e pouco mais.
O Milagre do Rio Hudson (7,5 IMDb)
Nomeado para os Oscars na categoria de Melhor Edição Sonora
Comecei a ver sem grande interesse. Tinha assistido a este acontecimento quase em direto, lembro-me dos depoimentos das pessoas e lembro-me do desenrolar do processo na altura. Pensava eu que, por isso, o filme pouco ou nada iria acrescentar. Estava enganada. Já devia de saber que quando o senhor Hanks se mete num projeto, é quase sempre muito bom.
O filme conta todo o processo após o acidente e sempre da perspetiva do piloto (Tom Hanks) que aparenta ser um senhor com S grande. Calmo, confiante, honesto, íntegro e profissional. Seguem-se as investigações, os interrogatórios, os contra-argumentos e a desconfiança. Sully de um dia para o outro passa de herói nacional a culpado. É uma história bonita para ver e perceber os contornos que, por vezes, alguns processos passam onde se investiga tudo de uma forma muito mecânica, muito lógica e matemática, sem nunca contabilizar as emoções e o ser humano. Aconselho.
American Honey (7,1 IMDb)
SEM UMA ÚNICA NOMEAÇÃO PARA OS OSCARS!!! (Como era de esperar)
Podia estar um dia inteiro a escrever sobre este filme. Mesmo. Até porque estive 2 dias a falar sobre ele com a amiga com quem o fui ver há duas semanas atrás numa noite fria de quarta feira.
Pouco sabia dele. Ela desafiou-me, disse-me que entrava o Shia LaBeouf. Disse-lhe que sim, claro! Vi o trailer e fiquei curiosa. Abri as notícias e soube que esteve nomeado para os BAFTA e ganhou um prémio em Cannes.
Fomos ver e eu fiquei absolutamente extasiada com o filme. Que pena não ter uma cotação mais alta no IMDb e que pena saber que não tem grandes hipóteses para os Oscars. Tudo porque é um filme muito estilo independente, muito pouco convencional e cheio de simbolismos e subtilezas que pouco importam a quem prefere filmes mais hollywoodescos e comerciais.
Destaco a fotografia incrível, os cenários mais bonitos - mesmo quando vemos realidades horríveis - e a banda sonora que parece ter sido feita à minha medida - tipo playlist do Spotify.
A história é simples: uma miúda parte para a aventura com um grupo de jovens numa viagem pela América a vender revistas, na esperança de mudar de vida. Mas o cerne do filme nem sequer está nessa história. Está nas pequenas estórias que vão sendo contadas ao longo dos minutos - que nem sempre são feitas por palavras. As relações, a busca da identidade, o certo e o errado, a amizade e o companheirismo, os medos e os traumas... O Shia está melhor que nunca, até porque me parece que nunca teve um papel onde a sua personalidade encaixasse tão bem como esta de Jake.
Esta jornada pela busca da felicidade, da juventude, do carpe diem e do nosso lugar no mundo é contada de uma forma muito natural, muito poética e muito real.
Bom, vou parar por aqui porque já me estou a estender. Se tiverem quase 3 horas disponíveis, vejam este filme. É uma lufada de ar fresco. Prometo!
Podem ir acompanhando no facebook do blog os nomeados para os Oscars de 2017.
SEM UMA ÚNICA NOMEAÇÃO PARA OS OSCARS!!! (Como era de esperar)
Podia estar um dia inteiro a escrever sobre este filme. Mesmo. Até porque estive 2 dias a falar sobre ele com a amiga com quem o fui ver há duas semanas atrás numa noite fria de quarta feira.
Pouco sabia dele. Ela desafiou-me, disse-me que entrava o Shia LaBeouf. Disse-lhe que sim, claro! Vi o trailer e fiquei curiosa. Abri as notícias e soube que esteve nomeado para os BAFTA e ganhou um prémio em Cannes.
Fomos ver e eu fiquei absolutamente extasiada com o filme. Que pena não ter uma cotação mais alta no IMDb e que pena saber que não tem grandes hipóteses para os Oscars. Tudo porque é um filme muito estilo independente, muito pouco convencional e cheio de simbolismos e subtilezas que pouco importam a quem prefere filmes mais hollywoodescos e comerciais.
Destaco a fotografia incrível, os cenários mais bonitos - mesmo quando vemos realidades horríveis - e a banda sonora que parece ter sido feita à minha medida - tipo playlist do Spotify.
A história é simples: uma miúda parte para a aventura com um grupo de jovens numa viagem pela América a vender revistas, na esperança de mudar de vida. Mas o cerne do filme nem sequer está nessa história. Está nas pequenas estórias que vão sendo contadas ao longo dos minutos - que nem sempre são feitas por palavras. As relações, a busca da identidade, o certo e o errado, a amizade e o companheirismo, os medos e os traumas... O Shia está melhor que nunca, até porque me parece que nunca teve um papel onde a sua personalidade encaixasse tão bem como esta de Jake.
Esta jornada pela busca da felicidade, da juventude, do carpe diem e do nosso lugar no mundo é contada de uma forma muito natural, muito poética e muito real.
Bom, vou parar por aqui porque já me estou a estender. Se tiverem quase 3 horas disponíveis, vejam este filme. É uma lufada de ar fresco. Prometo!
Podem ir acompanhando no facebook do blog os nomeados para os Oscars de 2017.
Sticky&Raw
stickyandraw@live.com.pt
4 comentários:
Tenho pena que este blog não tenha mais visibilidade. Deve ser dos melhores que anda aí.
Uau! Que grande elogio! :) Muito obrigada...
Concordo com o anónimo acima!! Pq é que não divulgas mais? Tanto blog sem jeito por aí e com imensas visitas e este anda aqui meio "escondido"
Muito obrigada pelo comentário... Fico mesmo muito feliz por ler estas opiniões :)
Respondendo à questão:
- Primeiro porque eu não tenho muito tempo para o fazer, infelizmente.
- Segundo porque eu gosto de não ter compromissos com o blog: escrevo quando e sobre o que e quem me apetecer - o "anonimato" para mim é um luxo!
- Terceiro porque nunca considerei que as parvoíces que escrevo tivessem interesse para a maioria das pessoas. Como digo sempre, escrevo muito para mim e para as pessoas que me pedem diretamente (normalmente amigas) "Olha, comprei um vestido assim, podias dizer-me como o conjugar"... Nada muito sério.
- E por último, porque também nunca tive grande feedback do "público", por isso, mantive-me na minha.
Em todo o caso estou a tentar dinamizar o facebook (que não tem quase gostos nenhuns). Também por isso, sempre achei que estivesse a "escrever para as paredes" ahahahah
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