terça-feira, 27 de fevereiro de 2018

to love list

Há quanto tempo não há aqui uma listinha dos babes mais cutxi-cutxi? Hum? Há demasiado tempo, concordo. Por isso, e sem mais demoras, vamos a isso:

Armie Hammer
Apesar de se chamar Armando, apaixonei-me por ele no Agentes da U.N.C.L.E. e não houve retorno. Depois ainda me veio com o Call Me By Your Name e eu cedi, senhores, cedi àqueles olhinhos azuis e cabelinho loiro - tão fora da minha zona... Quero vê-lo muitas vezes por aí, nos filmes desta vida. Armando da Califórnia, call me by your name and I call you by mine... Anytime...

Gabriel Macht
Pfff... Mr. Spectre, faxabor. Sabem a minha panca pelo Chuck Bass? Pronto, imaginem o Chuck crescido, um homem. Ele existe e chama-se Harvey. Pronto, mas cá estou para falar do Gabriel. Gosto, gosto muito, pode vir que eu dou-lhe cama, comida e roupa lavada - na lavandaria, como é lógico. E não lhe faço o jantar. Encomendamos ou vamos comer a qualquer lado. Só para esclarecer. Se precisasse de um advogado, queria este babe. Mas como não preciso, continuo a querer.

Patrick J. Adams
Nesta foto concordo que não está grande coisa... Mas se o vêem em Suits sabem bem por que é que este pedacinho de good boy veio parar aqui ao blog. Não é por acaso. Continuo a preferir - de longe - o meu Harvey (eu sou sempre pelos mauzões) mas também, a cavalo dado não se olha ao dente, não é? Gosto muito. Mandem vir.

Henry Cavill
Não sei se já se aperceberam, mas este é o único babe britânico da lista (deve de estar para cair um santinho do altar, eu sei). O Super-Homem e o Imortal é assim um pedaço de mau caminho que eu não me importava nadinha de percorrer. Tínhamos só que tratar de uns pelos a mais na zona do peito, mas também com uma carinha destas (e não só, senhores, e não só), quem é que quer saber disso para alguma coisa, não é?


Vá, agora é a vossa vez. Chutem lá ;)


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terça-feira, 20 de fevereiro de 2018

be cool

Se há forma para mim de suportar o rosa-fofinho é juntá-lo a tons como vermelho, bordeaux, beringela, beterraba e por aí fora. Dar-lhe um ar muito mais cool e muito pouco romântico, ainda que nesse tom, não possamos fugir muito dessa tag. Mas tudo bem, não há crise. Esse romantismo pode ser controlado e criado por nós, de forma a que haja um equilíbrio perfeito entre esse estilo e o nosso.
Tudo isto para vos mostrar o próximo look que tem tudo aquilo que eu mais adoro:

1. Tons incríveis e ricos;
2. Excelentes materiais;
3. Pormenores que fazem toda a diferença;
4. Cortes nos estilos: nem romântico, nem clássico, nem sporty. É uma mistura e é como eu prefiro.

Parece-vos bem?
Por mim era embrulhar e mandar vir. TU-DO!

Casaco 49,99€, Saia 59,99€ e Collants 7,99€ H&M | Blusa 39,95€ e Botins 69,95€ Zara | Carteira 19,99€ Parfois | Brincos 20€ Casa Batalha


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segunda-feira, 19 de fevereiro de 2018

séries

Ando a falar-vos constantemente de filmes espetaculares e outros que são só bons... O que não ando a falar é das séries incríveis que ando a acompanhar. Eu. A acompanhar séries. Ah ah ah. Mas é verdade, verdadinha.

Já vos falei aqui várias vezes que raramente me entrego a séries. É, prefiro filmes. As séries implicam um relacionamento sério, um compromisso, coisas em que eu não sou grande coisa a gerir. E eu conheço-me. Demoro a adaptar-me, desisto ao 4º episódio se nada me puxar para continuar a ver (foi assim que disse adeus a séries como Orange is the new black ou Westworld). Mas quando gosto, senhores, ai quando eu gosto... Fico viciada! Louca! Ansiosa para voltar a enfiar-me em frente ao computador e clicar em play vezes e vezes sem conta... Foi o que me aconteceu com Game of Thrones, Breaking Bad, Narcos ou Prison Break.

Ficar viciada em séries dá-me sempre muito pouco jeito porque:
- Não faço mais nada de útil a não ser mentir para mim mesma com um "só mais um episódio".
- Não me deito a horas dignas de quem trabalha no dia seguinte por causa da mentira do primeiro ponto;
- Deixo de ver filmes extraordinários porque "vou só ver um episódio antes do filme". Nunca chego ao filme. Nem nunca há "só um episódio".
- Quando a série acaba fico com um vazio em mim. Ando ali a moer, cheia de tristeza e a sentir-me desamparada.
- Mesmo quando acaba a temporada, torno-me uma stalker de todo o tamanho a vasculhar tudo o que é fotos, mitos urbanos, boatos, fofocas, só para acalmar a minha ansiedade... Não é bonito.

Bem, mas não foi para vos falar dos meus defeitos/paranóias que cá vim. Nop. Vim mesmo para vos contar o que ando a ver e aconselhar-vos a nem se chegarem perto. Caso contrário começam a sofrer os mesmos sintomas que eu... Quem avisa...

Cá vai a minha lista do que tenho visto desde o início do ano - é curta, eu sei, mas para quem tem os hábitos de séries como eu e tendo em conta que ainda só vamos a meio do segundo mês do ano, não estamos mal:

Black Mirror
Vi a última temporada - já tinha visto as anteriores - e não sei que vos diga. É só das melhores coisas que andam por aí. Verdade. E digo-vos eu, a miss-esquisitinha-que-nunca-gosta-de-nenhuma-série. Já vos falei de Black Mirror aqui e não pretendo repetir-me. Acho mesmo que esta série é revolucionária. Aborda os assuntos certos, põe a mão na ferida e fica ali, a escarafunchar - adoro este termo - até doer quase de forma insuportável. Mostra-nos uma realidade possível a curto prazo. Uma realidade que nunca é agradável a longo prazo. A última temporada não é a melhor bolacha do pacote, quando comparamos com as anteriores, mas ainda assim é melhor do que 90% das coisas que vejo na televisão. É mesmo uma série obrigatória para todos os amantes da tecnologia e da comunicação. O último episódio, "Black Museum" foi o meu favorito e aquele que é o mais inteligente e, ao mesmo tempo, o mais assustador de todos - talvez por estarmos cada vez mais próximos do tempo em que poderá vir a ser uma realidade. E nada é mais assustador do que a realidade.

Handmaid's Tale
Toda a gente andava a falar disto e eu fui espreitar. Prendeu-me no primeiro episódio, mas não fui capaz de ver o segundo. Pensei que fosse porque não estava habituada às personagens, que ainda não tinha criado ali uma relação. Depois apercebi-me que isso me aconteceu porque o assunto é tão tenso, o drama é tão horrível, tão duro, tão sinistro e tão POSSÍVEL que me deixava honestamente transtornada. Mas não de uma forma negativa. Ficava transtornada porque pensava que aquela ideia não é assim tão surreal ou longínqua, tendo em conta os grupos radicais e extremistas que se têm revelado. Handmaid's Tale conta-nos a história de uma mulher que, de um momento para o outro é separada do marido e da filha, enclausurada junto de outras mulheres e obrigada a obedecer a uma "Tia" e ao seu "Comandante" e restante família que lhe foi atribuída. O seu propósito é de reproduzir. Yep. Numa era em que a fertilidade tinha afetado gravemente os nascimentos, estas mulheres - férteis - eram violadas para "dar" uma criança a famílias ricas. As mulheres deixaram de ter qualquer papel importante na sociedade para além de servir os (seus) homens. Tudo em nome de uma suposta religião, que vamos percebendo, não passa de balelas - não é sempre assim? A série mostra-nos, numa perspetiva extrema, do que é que ideias fundamentalistas e algum poder são capazes de fazer. Além do argumento ser extremamente interessante e revoltante (chega ao ponto de me dar náuseas), a parte técnica é extraordinária. O código de cores, os diálogos, as expressões faciais, os planos certos. Tudo parece uma obra de arte em constante movimento e alteração. É mesmo, mesmo muito bom e todos os prémios que tem recebido são altamente merecidos. Agora é só esperar pelo final de abril para ver como é que tudo se vai desenrolar...

Suits
Comecei a ver Suits por nada de especial. Ninguém me recomendou. Ninguém me falou nela. Não tinha feito pesquisas. Num dia - da semana passada - não me apetecia ver um filme, mas as minhas séries estavam em dia. Queria algo que não fosse demasiado dramalhão nem demasiado soft. Lembrei-me de Suits - não me perguntem porquê. Vi o primeiro episódio. E o segundo. E o terceiro. E em menos de 1 semana já estou a terminar a 2ª temporada. Entendem quando eu digo que fico mesmo viciada nisto? Tanto que ainda não vi mais nenhum filme? Suits acontece num dos melhores escritórios de advogados em Manhattan. Harvey Spectre é o melhor dos melhores, em tudo. É o mais gatão, o mais pintas, o mais esperto, o mais tudo-e-tudo-e-tudo. Mike Ross é o mais inteligente e ingénuo. Conquista a confiança de Harvey que arrisca tudo o que é mais precioso para ele, pelo miúdo - a sua reputação e integridade. Toda a série se baseia em casos que vão aparecendo e sendo resolvidos pelos vários advogados da firma e das suas próprias estórias. A trama adensa-se mas não como nas outras séries. É tudo bem mais tranquilo mas cheio de voltas e reviravoltas. No final ficamos sempre aliviados por ver os babes a saírem de mais um imbróglio dos grandes ilesos. Estou coladona nesta série, minha gente. CO-LA-DO-NA. O guarda-roupa é perfeito, as personagens são construídas na perfeição, a informação vai ficando mais clara com o tempo, os diálogos são inteligentes e cheios de referências interessantes... Enfim, estou apaixonada. Vou continuar a ver... Vocês também deviam. Ou não... Se querem continuar a ter vida, não comecem a ver Suits.
Ah, acho que agora quero começar a ser advogada...

E vocês, o que andam a ver?


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quarta-feira, 14 de fevereiro de 2018

o amor

No dia dos namorados decidi recorrer aos prós nesta cena do amor. Que é como quem diz, os casais mais cutchi-cutchi de sempre. Há alguns que eu ando sempre debaixo do olho, que os admiro e que os acho exemplos a seguir e outros que comecei a prestar atenção mais recentemente mas que já conquistaram o meu coração. Ora espreitem lá a minha seleção dos 10 casais mais românticos de sempre:

Victoria e David Beckham
Casados há 14 anos e com 4 filhotes. São um casal perfeito, lindo e maravilhoso e com aquele humor britânico no ponto! Sigo-os no Instagram e são mesmo divertidos.

Jools e Jamie Oliver
O casal mais cool de sempre. São namorados desde o liceu e casados há 18 anos (!!!) e têm 5 filhos (!!!) cada um mais engraçado que outro. Têm uma relação muito descontraída e apaixonada. São uns fofos. Já vos disse que sou mega-mega-mega fã do Jamie Oliver? Não? Sou mega-mega-mega fã do Jamie Oliver.

Kate e William
Os príncipes mais incríveis de todas as monarquias. São quase pessoas como nós... Estão juntos há um tempão, mas casados desde 2011. Têm dois filhotes pequeninos e mais um a caminho. São um exemplo a seguir pela restante realeza e a prova de que o amoooouuurrrrr vence tudo.

Olivia Palermo e Johannes Huebl
São giros, são ricos e são apaixonados. Estão casados desde 2014.

Michelle e Barack Obama
Estes dois amores dispensam apresentações. São um exemplo para todo o mundo e conseguiram juntos atravessar todas e quaisquer adversidades. São namorados desde a adolescência, casados há 26 anos e têm duas filhas.

Blake Lively e Ryan Reynolds 
Um casal que não se leva nada a sério. São brincalhões e sempre prontos para mandar uma piada um ao outro. Os posts de ambos nas redes sociais sobre a relação deles - e outros assuntos - são sempre de chorar a rir. Além disso, parece que foram esculpidos por anjos e juntos por Deus. Sim, porque um gostoso nunca está só. Estão casados há 7 anos e têm dois filhos lindos como os pais...

Louise Roe e Mackenzie Hunkin
Se há casais divertidos, este é definitivamente um deles. São giros e meio parvos, no bom sentido. Estão muito apaixonados até porque casaram há pouquinho tempo - em 2016 - e acabaram de ser papás!

Gisele Bündchen e Tom Brady 
O casal mais fit de todos, sem dúvida. Apoiam-se mutuamente de uma forma bonita. São bem dispostos, de bem com a vida e preocupados com o ambiente. Casaram há 9 anos e têm dois filhotes.

Meghan Markle e Harry
Era uma vez uma miúda do povo que se apaixona por um príncipe. Ele apaixona-se por ela também. E viveram felizes para sempre. É assim que começam as histórias da Disney e é assim também que acontece a história destes dois giraços que só eles. E pronto, lá se vai o último ruivo giro disponível no mercado *snif*snif*snif*

Rachel Zoe e Rodger Berman
Estes dois são namorados desde a adolescência e casados há 22 anos. São os dois bem malucos e com alguns hábitos e manias estranhos. Mas são apaixonados e apoiam-se incondicionalmente. Além disso, têm dois pequenos anjinhos de olhos azuis.


Qual é o VOSSO casal-modelo? Contem-me lá...


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segunda-feira, 12 de fevereiro de 2018

play

Mais quatro filmes riscados da lista super-extensa dos Oscars de 2018. Entre eles, o meu favorito, talvez, do ano! Vamos a isso?

Eu, Tonya
7,7 IMDb
Antes de ver este filme dizia que o Oscar de Melhor Atriz ia limpinho para a Frances. Depois de ver a interpretação espetacular da Margot, vacilei. Se for ela a próxima dona da estatueta, ficará muito bem entregue.

Eu, Tonya conta-nos a história real de Tonya Harding, uma rapariga americana pobre, que vive no seio de uma família disfuncional, com um pai ausente e uma mãe abusadora e negligente. Tonya cresce sem auto-estima, sem saber como é amar e ser amada. É má estudante e o seu único talento especial é a patinagem no gelo. É nele que se concentra praticamente desde os quatro anos de idade, muitas vezes obrigada pela mãe. Daí às grandes competições nacionais foi um instante - de facto, o seu talento era enorme - e depois, os Olímpicos. Harding casou muito jovem com um homem também abusador e violento - tal como a sua mãe - para fugir da vida que tinha desde pequena. Não mudou para melhor. Entre fins da relação e recomeços, Tonya continuava firme na patinagem, mas nunca foi considerada como uma das melhores - apesar de aplicar todos os movimentos na perfeição - porque a sua figura pouco esguia e um estilo mais rebelde não encaixavam no perfil que os júris pretendiam para uma patinadora de alta competição. Também no meio onde era a melhor, continuava a ser uma persona non grata. Tudo começa a descambar quando o seu marido - idiota e pouco dado à inteligência - decide dar um empurrãozinho e, juntamente com o seu (ainda mais idiota) melhor amigo, lesionam a concorrente direta de Tonya. As investigações decorreram e determinaram que Tonya beneficiou deste acontecimento - apesar de defender que não tinha conhecimento de nada - e, por isso, foi expulsa definitivamente da patinagem e proibida de participar em qualquer competição dessa modalidade. Este caso foi altamente polémico nos anos 90. Estamos a falar dos Jogos Olímpicos e de duas das melhores atletas de patinagem no gelo.

O filme está contado quase como se fosse um documentário, baseado nas entrevistas feitas às personagens principais (Tonya, mãe, ex-marido e o melhor amigo deste). A montagem está muito bem feita e a informação é muito clara e concisa - gosto quando não me perco em informações. O filme está mesmo muito bom, cheio de humor negro e de drama, também. Mas a grande ovação vai para a incrível Margot que fez um PAPELÃO! Desde a caracterização às competências atléticas, a miúda acertou em cheio, e digo-o porque no final de ver o filme fui ao YouTube comparar e, de facto, foram muito fiéis à realidade.

Gostei muito de Eu, Tonya e senti pena dela. Segundo o que é descrito no filme, ela era uma menina inocente, farta de sofrer na vida, que nunca soube o que era o amor próprio nem de outra pessoa. A patinagem era o seu escape e o seu único talento. Tirar-lhe isso foi quase como assinarem-lhe uma sentença de invalidez vitalícia. Sem isso, ela era apenas uma miúda sem dinheiro, sem estudos e sem nenhuma competência ou aptidão especial. Percebi também que temos evoluído bastante desde os anos 90 - apesar de ainda haver MUITO para fazer - e que o papel da mulher na sociedade e em grupos mais restritos já não é tão homogéneo. Vamos começando a aceitar a diversidade que existe e, só assim, é que conseguimos evoluir. Acho que todos nós perdemos muito com a saída de Tonya da modalidade. Acho que ela poderia ter feito coisas extraordinárias. Mas não se preocupem, ela acabou por dar a volta ;)

Chama-me pelo teu nome
8,3 IMDb
Dos melhores filmes que já vi. Acho que vai ser o meu Capitão Fantástico de 2018.

Aqui vemos a história de um intenso e verdadeiro amor de verão. O jovem Elio vai com os seus pais passar o verão à casa de férias algures no norte de Itália. O seu pai é professor e arqueólogo que acolhe um estudante durante as férias para o ajudar nas investigações. Oliver chegou cheio de confiança e com uma certa arrogância. Um americano típico. Não agradou Elio logo no início. À medida que o tempo vai passando os dois vão sendo obrigados a aproximarem-se um do outro até não conseguirem mais separar-se. E dá-se assim uma das histórias de amor mais bonitas que vi no cinema.

Até à primeira meia hora (45 minutos, vá) de filme não consegui compreender muito bem se aquilo ia ser um filmão do caraças ou se ia descambar para o maior flop dos últimos tempos, disfarçado de filme independente, filosófico e pseudo-coiso. Fiquei ali meio na desconfia para descobrir para qual dos lados se vai virar. E não podia virar-se de melhor maneira... Aqueles minutos finais dão toda uma nova perspetiva sobre tudo o que se passou ao longo daquelas 2 horas repletas de imagens de uma coisa a que eu chamo paraíso (tenho uma paixão por paisagens italianas assim) e uma série de experiências pelo caminho.

Call me by your name podia descambar rapidamente para o brejeiro e ordinário. Em vez de tudo isso, é genuíno e muito cru mas ainda assim poético e utópico. Não há cá filosofias nem planos estrategicamente trabalhados para explorar os momentos mais intensos. Não. É o ser humano tal e qual como ele é. São as experiências e a busca interior e as dúvidas sobre a descoberta da sexualidade duras e cruas, ali expostas no ecrã. Tal e qual como nos acontece na vida comum. Sem floreados. Mas a vida humana, e particularmente as relações pessoais, têm qualquer coisa de mágico, não é? Têm ali umas pitadinhas de pequenos milagres diários que dão toda uma nova camada às nossas experiências, vivências e perspetivas. E é nisso que o filme é poético: tem uma magia permanente de nos mostrar a vida e os relacionamentos como são e deixá-los simplesmente ser. Acontecer. Sem medos ou receios do fim anunciado.

Este filme fez-me parar para pensar: quanto tempo me permiti ceder às minhas emoções? quanto tempo me permiti a sentir-me triste, magoada, frustrada e aceitar isso como um processo duro mas necessário para a transição? Que mania a minha de me mostrar sempre muito superior aos sentimentos e de achar que nada realmente me afeta quanto tudo, na verdade, me dói, quase de forma física. Quando vi o filme chorei. Chorei muito. Porque eu gostava que alguém me tivesse dito o que disseram ao Elio. E gostava de ter tido a coragem que ele teve de abraçar aquela dor horrível, ter tempo e predisposição para ficar ali a sofrer e, só depois, seguir em frente...

Em Call me by your name sabemos como tudo vai terminar - mais coisa menos coisa - mas somos levados pela intensidade daquele amor de verão, genuíno, puro, inocente e, tal como as personagens, quase que nos esquecemos que o fim está próximo e a vida tem que voltar a ser feita. Longe do paraíso. Fora das temperaturas quentes de verão onde se usa o mínimo de roupa possível e não há problema em andar descalço todo o dia e dormir de noite com a janela aberta. Levamos aquele murro no estômago, tal como eles levam com a perceção do quão efémera foi aquela relação linda. É tempo de seguir em frente. É tempo de "suck it up and embrace the pain".

Queria escrever-vos um texto mais composto e profissional sobre este filme. Mas ainda estou a digerir as emoções. Aqui está um trabalho fenomenal a nível de fotografia, cenários, produção e, sobretudo, de realização. É um filme para vermos de longe a longe, para nos fazer lembrar de algumas coisas que precisamos que sejam relembradas com alguma frequência - temos tendência para nos esquecermos do mais importante - e para voltarmos a acreditar. Oiçam também a banda sonora. Está em loop por aqui há uns bons dias.

O Armie Hammer já me tinha conquistado num filme improvável - Os Agentes da U.N.C.L.E. - e cada vez me surpreende mais com as suas interpretações. Mas não foi nomeado. Estou a torcer pelo pequeno Elio (Timotheé Chalamet) para que leve o Oscar de Melhor Ator, que bem merece - parece-me improvável, principalmente por concorrer com Daniel Day-Lewis e Gary Oldman, mas ainda assim, há que ter esperança -, que a canção Mistery of Love leve o galardão para Melhor Canção Original (está em loop) e que Call me by your name seja o Moonligh de 2018. Estou a torcer muito.

O Quadrado
7,6 IMDb
Vi este filme no grande ecrã. Ia sem grande expectativa até porque não fui ler nada sobre o filme, nem sobre os atores e nem prestei atenção ao trailer. Não gosto de saber muito antes. Gosto de ser surpreendida e de interpretar as coisas à minha maneira, sem me guiar por críticas ou opiniões de outros. Gosto de ir ao cinema e ser uma tela em branco.

No caso de O Quadrado (nomeado para Melhor Filme Estrangeiro - sueco) foi amor à primeira vista. Mesmo. Foi um prazer ver este filme no grande ecrã e estou a torcer para que vença o seu galardão. Mas vamos lá por partes.

Christian é o curador de um Museu de Arte Contemporânea que se prepara para inaugurar uma promissora exposição chamada "O Quadrado". A premissa dessa instalação é fabulosa - não vou contar, têm que ver - mas as coisas correm mal na comunicação desta exposição e o Museu e o seu curador vêem-se em apuros. Christian é um bom cidadão, consciente das suas ações, responsável, amável, generoso e bondoso. Pai extremoso de duas crianças, divorciado e rico.

O filme tem vários ângulos para explorar: 
a comunicação - até onde podemos ir? o que é a liberdade de expressão e qual o seu limite? há limite para a liberdade de expressão? 
a arte - o que é a arte? a arte deve incomodar? se for demasiado fraturante é considerada necessária/serviço público ou um atentando? a arte deve ser mais do que bela? uma obra de arte vale por si só ou vale porque está dentro de um museu, que lhe confere uma aura artística e de aceitação?  
o altruismo - o que é ser altruista? fazemos o bem porque somos altruístas ou porque é politicamente correto? somos sempre altruístas ou somos quando nos convém ser? será que não ganhamos nada em sermos altruístas? e quando há situações em que essa característica é essencial, será que temos a lucidez para o ser?
herói/vilão - somos só um? somos uma mistura dos dois? vamos intercalando de acordo com a situação, o contexto e o nosso estado de espírito?

Haveria muito mais a refletir, até porque este filme é um ensaio sociológico da nossa comunidade, da nossa sociedade politicamente correta, cheia de falsos valores, que aponta o dedo com a mesma facilidade que dita palavras elogiosas. Pessoas que frequentam determinado espaço e convivem com determinadas pessoas porque lhes dá uma aura mais intelectual, superior... Mas interiormente há um vazio. E a arte, quando todos dizem que deve ser fraturante, ninguém a aceita quando o é. Apontam o dedo e dizem que foi longe demais. Adoro filmes que mostrem diferentes perspetivas de uma situação. Que mostrem outras realidades, outros pensamentos e outras formas de estar. Gosto particularmente quando não há um herói nem um vilão. Gosto quando o ser humano é o centro de tudo, no seu melhor e no seu pior.

O Quadrado deveria ser OBRIGATÓRIO.

A Hora Mais Negra
7,4 IMDb
Não tenho muito para dizer sobre A Hora Mais Negra para além da brilhante interpretação e caracterização de Gary Oldman. Está tão, mas tão boa que não consegui identificar o ator. Só nas minhas pesquisas é que percebi que era o agente amigo do Batman - grande parte das minhas referências no cinema baseiam-se em filmes de super-heróis, sorry about that! -, sabiam disso? Eu não sabia e fui apanhada de surpresa e, ao mesmo tempo, fez-me admirar muito mais o seu trabalho.

Não posso dizer que é um filme desinteressante. Isso não o é. Aliás, nada do que é contado sobre a II Guerra Mundial é desinteressante ou com ausência de conteúdo. Mas aqui o que se destaca, sem sombra de dúvidas, é a impressionante interpretação de Gary Oldman de uma das personalidades britânicas mais famosas de sempre: Winston Churchill. Todo o trabalho maravilhoso do ator, aliado ao fantástico poder da caracterização, fazem-nos esquecer que há uma pessoa debaixo daquele manto todo de profissionalismo. Vale a pena por isso. E vale a pena dar-lhe um Oscar - mas não vou falar muito porque ainda não vi todos os trabalhos dos outros nomeados (faltam-me 2: Denzel Washington e Daniel Day-Lewis). Apesar de tudo, continuo a torcer pelo Timotheé, é importante referir.

Quanto ao resto do filme, achei-o interessante mas nada épico. Dentro do género, o Dunkirk dá-lhe 10 a 0. Ora ainda bem que estamos a falar de Dunkirk, porque é precisamente sobre este episódio da História da II Guerra Mundial que este Darkest Hour se debruça. Neste filme vemos a história contada do outro lado da margem, as decisões políticas, os jogos de poder, as ponderações, tudo. Em Dunkirk vemos os soldados, os inimigos e a incrível resiliência do ser humano. É giro ver os dois. Como em tudo, há sempre dois lados. Mas se tiverem mesmo que escolher um ou outro, vejam Dunkirk. Sem dúvida.


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terça-feira, 6 de fevereiro de 2018

happy kid


O fim-de-semana foi o melhor que tive nos últimos tempos - meses!
O sábado começou cedo que havia muito para fazer. Entre escolher o meu presente de aniversário - um mês depois, mas vem sempre a calhar - e ir passeando, passou-se a manhã. À tarde fui tratar um pouco de mim, que bem precisava e segui para um lanche incrível numa das novas pastelarias da cidade. Fiquei fã e quero repetir em breve. Cheguei a casa já ao finalzinho da tarde e comecei a preparar-me para o jantar da empresa. 5 minutos antes de sair de casa decidi que não queria levar aquele vestido. Toca a despir, assaltar o roupeiro e sair a primeira opção que me pareceu aceitável. Foi a melhor decisão. Estava fiel a mim própria. Como não tirei nenhuma foto de corpo inteiro, mostro-vos uma réplica do meu look na imagem em baixo. Pode ser que precisem de inspiração:

Nenhuma das peças são iguais às que eu usei, mas são muito idênticas.
Vestido maxi estampado floral Mango | Botins bordeaux  Zara | Sobretudo cinzento Zara | Brincos gigantes dourados Mango | Carteira preta Mango | Batom vermelho H&M

Aprovado?

O jantar foi agradável mas terminou cedo. A festa seguiu apenas com alguns resistentes para um bar alternativo na cidade. Que maravilha de descoberta - nunca lá tinha entrado. Fiquei fã. Primeiro, porque fica num edifício histórico (a minha cena) e depois porque nada é bonito nem nada está arranjado ou com floreados. Não há elegância nem tem um ar minimamente chique. Até é um pouco sujo, na verdade. Parece um sítio escondido nas barbas de toda a gente. Tem um ar underground... Ai como gostei! O pessoal vai ali para ouvir boa música e conviver. Ponto. Não é para andar de gin para a frente e para trás, para o engate ou para o aparato. Lá podemos ir de camisola de capucho que ninguém quer saber. Foi também um verdadeiro estudo sociológico. A determinada altura olhei à minha volta e conseguia ver cada um dos estilos da nossa sociedade: havia jovens de 15, 16 anos e senhores e senhoras nos seus 60. Havia quem viesse sozinho, quem viesse acompanhado pelo grupo. Havia homens a beijar homens, mulheres a beijar mulheres e homens a beijar mulheres. Havia pessoal a beber muito, pessoal que não bebia e que estava só pela música. Havia rastas, cabelos azuis, muitas tatuagens e piercings e havia também camisinha e sapatos vela - e eu de vestido até aos pés e lábios vermelhos. Não me senti, de todo, deslocada. Toda a gente estava a conviver agradavelmente com a diversidade, sem julgamentos nem juízos de valor. Senti que estava no lugar certo - e finalmente um sítio na minha cidade onde não ouvi nem vestígios de um Despacito.

A noite já ia longa, mas a fome apertou. Depois de sairmos daquele bar-maravilha nós, os ainda resistentes, seguimos para o sítio típico. Se fosse março, já teríamos saído de dia de lá.

O domingo foi dia de dormir até mais tarde, para recuperar minimamente e depois de seguir para as minhas obrigações.

Durante o fim-de-semana ainda tive tempo para ver mais um filme nomeado (conto-vos noutro post) e ainda de continuar a ver Handmaid's Tale. Se não viram, não sei de que estão à espera. Prometo que falo sobre isso quando terminar a temporada - faltam dois episódios.

E pronto, o meu fim-de-semana foi maravilhoso. Que saudades que eu tinha de passear um bocado, sem horas marcadas nem ninguém à minha espera para "trocar de turno". Que bom que foi dançar e ser empurrada e espremidinha no meio da multidão. Que saudades... Venham mais como este que eu tomo-lhe o gosto muito rápido ;)


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quinta-feira, 1 de fevereiro de 2018

play

Chegou a minha altura favorita do ano no que ao cinema diz respeito. O meu único dilema é escolher o melhor filme para ver. Até agora, tenho deixado para o fim aqueles que eu acho que vou gostar mais (The Post e The Shape of Water). Assim, cá estou eu para mandar alguns bitaites sobre os filmes que estão nomeados para as mais variadas categorias na cerimónia que vai acontecer no domingo, dia 4 de março. Vamos a isso?

3 Cartazes à Beira da Estrada
8,3 IMDb
Vi este filme antes da maioria dos outros filmes nomeados. E disse "este é o vencedor". Ou, pelo menos, para a Frances McDormand vai ser limpinho, limpinho... Entretanto já vacilei um bocadinho. Vi o Eu, Tonya e, confesso, não me importava nada que a Margot levasse a estatueta. Mas voltando ao filme.

3 Cartazes à Beira da Estrada não é um drama nem é uma comédia. É uma mistura perfeita entre os dois. Uma mãe muito revoltada pela passividade da polícia que nunca se empenhou em descobrir o violador e assassino da sua filha adolescente, decide alugar três outdoors gigantes, junto a uma estrada e deixar a sua mensagem de forma clara e inequívoca. Claro que essas frases não foram bem recebidas pela pequena comunidade de Ebbing, muito menos pela polícia que era incompetente e desleixada. Mildred (a personagem principal) desempenha um papel de mulher de luta, de coragem, cheia de raiva e de sofrimento, que depois dessa tragédia passou a sobreviver em modo piloto automático. Pelo caminho encontramos o chef da Polícia, Willoughby, amigo de longa data de Mildred. Outra personagem maravilhosa que nos oferece cenas cómicas e outras dramáticas. Mas sempre num equilíbrio perfeito, sem descambar. E que difícil deve ser isso... Depois há também o agente Dixon que é um palerma, um incompetente e um imaturo. Durante o filme vai evoluindo, vai crescendo e vai aprendendo e dando lições.

Todas as personagens estão tão bem caracterizadas, tão claras, tão factuais que parecem reais. Quase que podíamos fazer um filme sobre cada uma delas, porque cada uma tem um background que explica sempre os seus comportamentos e perspetivas. Essa profundidade e complexidade de cada uma delas é o que torna o filme tão incrível: são pessoas como nós. Mesmo. Não há bons e maus na história - apesar de nos parecer que sim, no início. Durante o decorrer do filme conseguimos empatizar com a Mildred e também chega ao ponto de quase desejarmos que alguém a prenda. O mesmo com os polícias incompetentes - tanto desejamos que tudo lhes corra mal na história, como no minuto seguinte estamos a pedir desculpa por tudo o que pensamos deles... Como na vida, não é? Quantas vezes formamos opiniões precipitadas sobre as pessoas que nos rodeiam e depois nos arrependemos? É o que nos acontece nesta história. E isso é do caraças...

Bom, mas resumindo, que filme maravilhoso. Que construções incríveis. Que profundidade e que dicotomias combinadas na perfeição... Gostei mesmo muito desta história tão original e tão humana. É para ver gente!

Não é o meu filme favorito até agora, mas é o segundo.

Um Desastre de Artista
7,8 IMDb
Um Desastre de Artista é um filme baseado no livro homónimo escrito por Greg Sestero que conta a história das filmagens de The Room. Este filme atingiu o nível de culto por ser considerado "o melhor pior filme de sempre" pela incoerência da história e não só. No centro de tudo isto está o misterioso Tommy Wiseau, um homem que ninguém sabe de onde vem, quantos anos tem e nada de realmente significativo sobre a sua vida. Jura a pés juntos que é americano mas descobriu-se que as suas origens são da Europa de Leste, e mais não se sabe. Tommy tinha o sonho de ser uma estrela e criar um filme épico, um clássico cinematográfico. Então, com a ajuda do seu (ainda) melhor amigo Greg, financiou, produziu e atuou no seu próprio projeto - The Room. Mas o seu génio não era, de todo, compatível com a maioria dos restantes elementos da equipa e todas as histórias de set foram descritas no livro Um Desastre de Artista. Estreou em 2003 e, inicialmente, foi um flop de bilheteira, só estando em exibição em duas salas de cinema de LA. Porém, tornou-se um filme de culto e ainda hoje passa com frequência em todo o mundo (incluindo em Portugal) em sessões especiais.

Confesso que desconhecia por completo o The Room. Nunca tinha ouvido falar no filme, no livro nem no Tommy Wiseau. Na adaptação de Um Desastre de Artista, James Franco interpreta o papel de Tommy e o seu irmão, Dave, o de seu melhor amigo, Greg. Tudo começa com o inicio da amizade de ambos e termina na estreia do projeto ambicioso dos dois. Durante o processo somos confrontados com um homem que tem tanto de amigo e carinhoso como de arrogante e violento. Acima de tudo, Tommy é um sonhador que acredita que tudo é possível e que põe as mãos à obra. A história é contada de uma forma muito dinâmica e interessante, o que nos faz quer sempre saber o que vai acontecer a seguir. É essencialmente cómica e divertida, cheia de piadas certas na hora certa. Mas não nos podemos desviar: o trabalho é do James Franco. Interpreta o papel de uma forma tão credível que quase nos abstraímos que é ele que está ali. Quase que olhamos e não conseguimos identificar o Franco mais velho. E isso é de ator.

Um Desastre de Artista é um filme divertido, bem caracterizado, bem escrito e cheio de dinâmicas interessantes. É outro que deve ser visto.

Blade Runner 2049
8,2 IMDb
Meses que aguardei por este filme, senhores. MESES! Não consegui vê-lo no cinema e aguardei que viesse para o Cineclube. Veio em novembro. Quando ia tirar o bilhete informaram-me que houve um problema com a fita e que não iam exibir o Blade mas sim o Arrival (do mesmo realizador). Pena, já tinha visto e não me apetecia ver de novo. Voltei para casa com a promessa deles de que voltariam a passar. Aconteceu no primeiro domingo de janeiro.

Como vos hei-de dizer... A nível técnico é maravilhoso. É mesmo. É original, cheio de efeitos especiais perfeitos, cheio de pormenores acertados (e o que eu adoro os pormenores neste tipo de filmes) e com um cenário que é um agrado para os nossos olhos. Sabem o que aconteceu n'O Renascido em que em qualquer que fosse o segundo em que fizéssemos pause tornava-se numa excelente fotografia? É o que acontece com este filme: cada frame é uma pequenina obra de arte. Merece cada uma das nomeações aos Oscars nas categorias mais técnicas.

Mais do que isso, não.

O conteúdo não é, de todo, original ou surpreendente ou sequer inesperado. É até bastante previsível. Não há grande conteúdo, na verdade. Há muito pouco que extrair dali para além do deleite visual. A interpretação do Ryan Gosling não é nada de que me venha a recordar no futuro. A certo ponto achei até que o filme era quase chato - só não o foi por causa dos elementos visuais que estiveram sempre a distrair-me. Nem mesmo a interpretação do Jared Leto se fez notar por aí além. Desculpem, mas é a minha opinião. Talvez por ter visto, ultimamente, filmes bem melhores, esta foi a minha perceção. Talvez se daqui a uns meses o voltar a ver já não ache isto que vos estou a dizer... Quem sabe?

Ainda bem que não está nomeado para melhor filme, realizador ou atores, nem sequer argumento. Não seria merecido, ao contrário do que o realizador veio a público dizer. Mas merece cada uma das nomeações em categorias técnicas. Não posso dizer que merece ganhar, porque ainda não vi os restantes - mas competindo, por exemplo, com o Star Wars, dá-lhe 10 a 0 de olhos fechados e uma mão atrás das costas!

Get Out
7,7 IMDb
Já vi o Get Out há tanto tempo que já nem me lembrava que o tinha visto até ter lido o título entre os nomeados.

É a história de um rapaz negro que namora com uma rapariga branca e que vão visitar os pais desta durante um fim-de-semana. As coisas começam a parecer muito estranhas, mas só ele é capaz de as ver. Até que chega a altura em que lhe é desvendado o grande e maquiavélico segredo daquela família e daquela comunidade. Não vos posso contar mais, se não depois não tem piada.

Não sou muito de filmes de terror, mas sempre ouvi falar tão bem deste e gostei tanto da atuação do Daniel Kaluuya num dos primeiros episódios de Black Mirror (um dos meus favoritos) que assisti ao filme, numa das vezes que passou num TVCine. E gostei muito. Gostei principalmente por desfazer aquele mito de que um filme de terror tem que ser previsível e meio parvo. Este não o é. Agora sempre que alguém me disser "Não há nenhum filme de terror de qualidade!" - aquilo que eu sempre disse - eu vou dizer "Ai não? Então é porque ainda não viste o Get Out!". E vou também mencionar o Fragmentado que foi também um grande filme que vi em 2017. Já viram? Mas deviam!

Não é que seja beeeeeem beeeeem um filme de terror. É mais um thriller cheio de suspence e mistério. De jogos psicológicos. E é horrível e desconcertante. A interpretação do Daniel está no ponto e merece ter sido nomeado para melhor ator. Mas, no fundo, todos os outros atores estiveram muitíssimo bem nos seus papéis.

Mesmo que não gostem de filmes de terror, acho que vale mesmo a pena ver este. Vale mesmo. Vão por mim.


Esta foi a primeira remessa de filmes nomeados para os Oscars. Dentro de poucos dias trago-vos mais quatro - entre eles, o meu eleito até ao momento. Mas também gostava muito de saber a vossa opinião sobre estes e outros filmes que vos apeteça falar e mencionar. Venham de lá as vossas críticas e sugestões :)


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